Brasil e África estão mais pertos do que nunca. Especialmente para a galera da UNE, que escolheu o continente como tema para sua 5ª Bienal. O evento, que busca traçar um panorama da produção artística universitária, vai acontecer só no começo de 2007 – mas as inscrições já estão abertas.
“A Bienal é um grande festival de arte, cultura e tecnologia que acontece durante seis dias”, explica Tiago Alves, coordenador dos Centros Universitários de Cultura e Arte (CUCA) da UNE. O evento é dividido em três elementos.
O principal são as Mostras Universitárias. Desde dia 11 de agosto, por meio de um edital, a UNE recebe inscrições de trabalhos de literatura, ciência e tecnologia, artes visuais, música e artes cênicas. São trabalhos feitos por universitários e selecionados por um júri, a partir de dezembro. Os mais legais vão para a Bienal. “É uma maneira da gente ver aquilo que de melhor está sendo produzido nas universidades”, diz Tiago.
Outro elemento é onde será apresentado o trabalho desenvolvido nos Cucas, ao longo desses cinco anos, o Espaço Cuca. E há ainda o Lado C, onde a UNE promete uma interação com a comunidade carioca. “A gente promove uma troca, traz apresentações das comunidades cariocas dentro da Bienal, e leva estudantes para ver o que está sendo produzido nesses locais”, explica Tiago. Além disso, haverá uma série de debates, simpósios e o Lado Pan, que fará referência aos Jogos Panamericanos. “A idéia é entender um pouco o esporte enquanto manifestação artística, enquanto elemento constitutivo da cultura brasileira”.
Um Rio chamado Atlântico
Apostando nas relações multilaterais, a última Bienal voltou os olhos para a América e, dessa vez, o tema é a África. “São os paises em desenvolvimento tentando se descobrir, se entender melhor”, diz Tiago. A idéia é discutir as relações entre os dois continentes e “ver como conseguimos estabelecer uma integração cultural e social, entre nós e os povos africanos”, como explica Gustavo Petta, presidente da UNE.
Os organizadores usaram como tema central o livro “Brasil-África: um rio chamado Atlântico”, de Alberto Costa e Silva. “Ele diz no livro que quando ele andava por países africanos, em muitos momentos se sentia no Brasil”, conta Gustavo.
Um dos motivos que levou a organização a escolher o Rio de Janeiro como sede foi justamente essa proximidade. “O Rio de Janeiro foi o 2º maior porto receptor de africanos no Brasil”, explica Tiago. Na capital carioca, a Bienal promete ocupar todo o centro – Circo Voador, Fundição Progresso e Cine Odeon.
Quer participar? Veja o regulamento das categorias e se inscreva: www.une.org.br.
Fonte: Portal Trama Universitário