Agosto Negro em Maceió

O Brasil é o segundo país com maior concentração de população negra do
mundo. Alagoas é o segundo menor estado da federação e o maior em
desigualdade racial, apesar de toda importância histórica de Palmares.

O I Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou o que a História
Oficial Ainda Não Conta” que acontece no período de 24 a 26 de agosto, é
movimento concentrado de esforços individuais e coletivos para o
enfrentamento do racismo estrutural e suas conseqüências sociais e traz como
principio o estabelecimento de canais de comunicação entre a população e as
instituições locais, incentivando o sentimento de pertencimento étnico e
social.

O I Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou o que a História
Oficial Ainda Não Conta” nasce de uma interlocução entre o movimento social
negro/Projeto Raízes de Áfricas e diversas instituições e tem como objetivo construir e
consolidar movimentos permanentes para a promoção da abolição de idéias,
conceitos, preconceitos que interferem na construção do ideário
sócio-étnico. Como também aproximar a sociedade do ideário acadêmico e a academia das conversas negra/sociais e de pesquisas que exploram de forma positiva a
etnicidade negra.

Tendo como um dos alicerces a transversalidade da Lei Federal nº10.639/03,
que criou a obrigatoriedade do estudo da África e dos afro-descendentes no
currículo escolar,em Alagoas com a especificidade da Lei Estadual nº
6.814/07, o I Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou o que a
História Oficial Ainda Não Conta”, será aberto a diversas artes que
dialoguem sobre pertencimento identitário e nossas histórias afirmativas.
Construir Conversas Negras é criar possibilidades de reflexão e o
redimensionamento da questão estrutural do racismo, não só nos currículos
das escolas alagoanas, mas em todos os espaços formativos na busca de criar
um processo de diálogo social que contemple e problematize temas
relacionados com a descriminação e desigualdades raciais.
E, sobretudo discutir o racismo como violência de caráter endêmico,
implantada em um sistema de relações assimétricas, fruto da continuidade de
uma longa tradição de práticas institucionalizadas.

*O (Black Agost) Agosto Negro*

O (Black Agost) Agosto Negro surgiu na década de 70 na Califórnia, nos
Estados Unidos, caracterizando-se como um mês de grande significado para a
cultura negra por ser uma data de resistência contra à repressão e de
esforços individuais e coletivos contra o racismo.

Na época, o movimento foi comandado pelo grupo americano Black/New Afrikan
Liberation Moviment e nasceu a partir de ações de homens e mulheres que
lutaram contra as injustiças sobre os afro descendentes.

A repercussão positiva do movimento negro norte-americano originou
adaptações do Black Agost à realidade local de outros países – como Cuba,
Jamaica, África do Sul, França e Rússia – que enfrentam a discriminação e
desigualdade racial.

1-Objetivo:
Estabelecer movimento concentrado de esforços individuais e coletivos para o
enfrentamento do racismo estrutural e suas conseqüências sociais.

2-Objetivos específicos:

1-Estabelecimento de canais de comunicação entre a população e as
instituições locais, incentivando o sentimento de pertencimento étnico e
social;

2-Agregar valores aos currículos institucionais contemplando e
problematizando temas relacionados com as questões que dizem respeito ao
negro na sociedade brasileira. Lei Caó nº 7.716/89. Lei Federal nº
10.639/03. Lei Estadual nº 6.814/07.
3-Aproximar a sociedade do ideário acadêmico e a academia das conversas
negras/sociais e de pesquisas que exploram de forma positiva a etnicidade
negra;
4- Socializar ferramentas didáticas e conteúdos referentes ao ensino da
História da África e cultura afro-brasileira.

3- Sujeitos de Direito:

150 vagas abertas ao público,a partir do dia 30 de julho.

Para solicitar sua inscrição envie um e-mail para:

raizesdeafricas@gmail.com.br, promomaceio@paulinas.com.br

Mais informações: 8815-5794/8898-0689/8882-2033

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