O Movimento Negro tem bandeiras claras e comuns para erguer nas celebrações do 20 de Novembro de 2007, Dia da Consciência Negra. Suas marchas pedirão que a sociedade combata o racismo, a discriminação, o preconceito, a homofobia, o machismo e a intolerância religiosa. Defenderão as ações afirmativas, a votação imediata do Estatuto da Igualdade Racial e do Projeto das Cotas – PL 73/99; a implementação da Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino da História e da Cultura Africana e a titulação das terras de Quilombos. Também ampliarão os apelos para que o 20 de Novembro, celebrado hoje em mais de duas centenas de cidades, seja transformado em feriado nacional.
A celebração em São Paulo
A Marcha da Consciência Negra já é um marco político na cidade de São Paulo. Em 2003 e 2004, foram realizadas a primeira e a segunda Marchas da Consciência Negra.
Em 2005, dez anos depois da vitoriosa Marcha Zumbi dos Palmares – contra o Racismo, pela Igualdade e a Vida, duas marchas até Brasília foram realizadas nos dias 16 e 22 de novembro, para comemoração do Zumbi + 10. No ano de 2006, o dia 20 de novembro se tornou feriado na cidade de São Paulo, através da Lei 13.707/ 2004 e reuniu cerca de 10 mil pessoas na III Marcha pela Avenida Paulista.
Neste 20 de Novembro, a partir das 10h, comecará a concentração para a IV Marcha da Consciência Negra, no Vão do Masp, em São Paulo. Até as 13h serão realizadas atividades culturais. Nessa hora começará o alto inter-religioso e a abertura política da marcha que partirá às 14h pela Avenida Paulista, Rua Consolação, Av. São Luiz e Rua Xavier de Toledo até o Teatro Municipal, para encerramento.
No percurso, ativistas pela causa negra pretendem defender também o direito pela inclusão no mercado de trabalho dos trabalhadores negros e negras; titulação das terras das Comunidades Quilombolas; a democratização do acesso da juventude negra à universidade pública; melhor distribuição de renda; acesso à saúde e educação com qualidade; cultura e lazer; habitação e respeito às religiões de matrizes africanas
(Com dados do Jornal da IV Marcha da Consciência Negra)