Com uma homenagem ao Dia de Xangô, que se comemora toda quarta-feira, cerca de 600 pessoas acompanharam a cerimônia de abertura oficial da Conferência Regional da Américas contra o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerâncias correlatas no Palácio do Planalto, em Brasília.
As Yalorixás Mãe Marta, Mãe Railda e Mãe Valdina cantaram e oraram em Yorubá e pediram bênçãos e proteção para a conferência.
Representantes de 35 países, entre governos e organizações da sociedae civil, acompanharam as apresentações culturais e ritualísticas de afrodescendentes e povos indígenas.
Líderes espirituais Terena da Região da Caatinga, Mata Atlântica e Amazônia foram acompanhados de crianças no ritual preparado para a festa de abertura. O grupo de capoeira do projeto Segundo Tempo também fez uma roda com as crianças.
O lider indígena Marcos Terena lembrou que há no Brasil 220 comunidades indígenas, ou “220 formas de ser brasileiro”. E todas devem estar representadas, inclusive no governo e instituições públicas. “Chega do homem branco falar por nós, não queremos mais ser intermediados”.
Participaram da mesa da cerimônia a ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial; o embaixador Antônio Patriota, do Ministério das Relações Exteriores; o embaixador Juan Matabit, chefe da Delegação do Governo do Chile; Maria Francisca Ize Charrin, representante do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU; Doudou Diene, Relator Especial sobre as Formas Contemporâneas de Racismo-ONU; Edna Roland, representante do grupo de Especialistas que acompanham o cumprimento das políticas de combate ao racismo e discriminação; a presidente do Partido Ação e Cidadania, da Costa Rica, Epsy Campbell e o o líder indígena Marcos Terena.
O evento seguirá até o dia 28 de julho, no Blue Tree Towers, em Brasília.