Brasília pode ser o cenário de um novo momento no ativismo LGBT. A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) vai realizar a I Marcha Nacional contra a Homofobia, em 19 de maio. A convocatória foi divulgada para as cerca de 250 entidades filiadas à ONG. A proposta é que LGBTs de todo o Brasil viajem à capital federal para cobrar ações do poder federal pela cidadania arco-íris.
“A marcha é uma resposta da comunidade LGBT brasileira e da ABGLT aos políticos conservadores e omissos que se recusam a reconhecer os direitos de homos e bissexuais no Brasil e acabar de vez com esta praga que é a homofobia. Assim como o movimento construiu as paradas, que se tornaram o maior evento social de massas do país, agora construimos um evento específico para protestar contra o preconceito, discriminação e violência e exigir políticas públicas.”, explica o diretor da ABGLT Léo Mendes.
Até agora, já assinaram o manifesto da caminhada pelo menos 402 organizações, instituições públicas, parlamentares e personalidades. São ao todo 297 entidades LGBT, 18 Fóruns de ONGs/AIDs e Fóruns LGBT, 12 instituições do Poder Público e 50 entidades de outros movimentos sociais como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira de Estudantes Secundaristas – UBES.
O pontos de cobrança do evento, que acontece logo após o Dia Mundial de Luta contra a Homofobia (17 de maio), têm muitos alvos. São feitas críticas ao Congresso Nacional por nunca ter aprovado uma lei que defendesse a cidadania LGBT, ao governo Lula por não executar a contento o Plano Nacional de Direitos Humanos LGBT e a municípios e estados pela falta de comprometimento de seus governantes com a pauta do movimento. O fundamentalismo religioso também é atacado. A aprovação do projeto de lei que criminaliza a homofobia é uma das principais reivindicações.
Mais dados sobre a organização como horário, formas de participação ainda serão divulgados no site. De toda forma, já coloque na sua agenda: 19 de maio, dia de gritar por cidadania e reivindicar direitos.