Na última terça-feira, 3 de dezembro, foi aprovada em segunda votação na Câmara Municipal de São Paulo a criação da SP Cine, Empresa de Cinema e Audiovisual de São Paulo.
A agência vai fomentar com verbas públicas a produção, distribuição e exibição de obras filmadas na cidade, como já acontece no Rio de Janeiro e Nova York, que possuem entidades semelhantes.
A proposta, o Projeto de Lei (PL) 772/2013, foi enviada à Câmara pelo Executivo em 31 de outubro e, após ser aprovada por unanimidade, segue para a sanção do prefeito Fernando Haddad.
Para Luiz Alberto Pereira, presidente da Associação Paulista de Cineastas, a criação da SP Cine significa um salto na qualidade do cinema paulista e brasileiro. “É um pequeno passo para os cineastas e um grande salto para o cinema nacional”, brincou.
Em 2014, a agência terá verba inicial de R$ 25 milhões da prefeitura e outros R$ 25 milhões do governo do Estado. O governo federal também fará investimentos, por meio da Ancine (Agência Nacional de Cinema), mas ainda não foi anunciado o valor.
O cineasta Toni Venturi afirma que a aprovação aconteceu em um momento bom e que vai repercutir a médio e longo prazo. “Houve um consenso entre as instâncias de poder que conspirou favorável ao cinema”, disse.
Para o vereador Nabil Bonduki, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura, a aprovação da SP Cine faz com que seja paga “uma dívida histórica com o cinema de São Paulo”.
“O cinema pode ter um papel muito grande para a construção da imagem de uma cidade. Eu considero São Paulo uma cidade magnífica, mas não é assim que a população vê sua cidade. Isso tem que mudar”, declarou.