É preciso retomar a pressao internacional por justica no caso do Brad Will ainda nos próximos meses, pediu o advogado mexicano, Miguel Ángel de los Santos, que busca até hoje punicao aos assassinos do jornalista americano de Indymedia, morto em Oaxaca em 2006, almejado enquanto gravava a insurgência popular contra o governador do Estado de Oaxaca, Ulises Ruiz Ortiz.
Em entrevista a Ciranda e a Radio Tribu, de Argentina, durante missao de comunicacao e observacao iniciada por meios independentes e alternativos em Oaxaca, o advogado explicou que no maximo em 2 anos, a maioria das provas recolhidas ou testemunhais, estará desaparecida ou sem efeito. Este nao é um caso em que a diplomacia norte-americana tenha obtido resultados. Aos poucos, foi arrefecendo a pressao para que os assassinos de Brad Will acabem na cadeia. Eles sao conhecidos e estao livres pelas ruas do municipio de Santa Lucía del Camino, disse o advogado.
Ulises Ruiz Ortiz e o presidente municipal daquele município,
Manuel Martínez Feria foram acusados de ordenar aos seus capangas que atacassem aos manifestantes mobilizados em
Calicanto, La Experimental y Santa María Coyotepec; matando o jornalista estadunidense e ferindo dezenas à bala.
Esses capangas estao vivos e amedrontam a populacao do município, que está sendo estimulada a nao ir as ruas para votar neste domingo.
Segundo a advogada Xochitl Karina Piche Ruiz, de Santa Lucía del Camino, a preocupacao vai alem das fraudes, mas tambem da intimidacao ostensiva, alem da distribuicao de alimentos em troca de votos, e do risco de mais uso de forca para atrapalhar uma eleicao que esta praticamente ganha pela oposicao.
O que existe hoje, de acordo com diversos depoimentos feitos à missao internacional, é um estado de direito rompido, prevalecendo o uso da violencia, prisões arbitrárias, sequestros e muita criminalização dos movimentos sociais. Além das execucoes. Tanto de liderancas ou observadores internacionais quanto para queima de arquivos de pessoas envolvidas nos crimes de 2006.
Miguel Angel disse na entrevista que houve uma queima de arquivos com eliminacao de outras pessoas que em 2006 estiveram no comando de acoes para executar militantes do movimento social, por exemplo, a chamada Caravana da Morte, que eliminou 26 ativistas e liderencas oaxaquenhas. Em janeiro de 2008, Alejandro Barrita, diretor de Polícia que era apontado como um dos integrantes da caravana da morte, foi executado. Quase um ano depois, outro envolvido, o ex-coordenador de Segurança Publica, Aristeo López Martínez, também foi morto. Segundo o advogado, eles comecaram a ser mortos, para que as provas dos crimes de 2006 contra o povo oaxaquenho desapareça com eles.