Como são precisas, eloquentes e atuais as ponderações, os gritos de alerta, as denúncias de James Joyce, sobre as crenças e religiões apocalípticas dos dias de hoje!
“Um retrato do artista quando jovem” é uma obra semiautobiográfica, o “retrato” onde o autor escolheu fixar as impressões da infância, da adolescência e da juventude.
No “Retiro Religioso” do jovem Stephan, o terror implantado!
A morte e o primeiro julgamento. Mas atenção! Não bastava o julgamento imediato “post-mortem”.
O grande julgamento necessitaria de publicidade, de marketing, e deveria ser exemplar!
Para tanto haveria um Dia D, o dia do Juízo Final que chegaria ao final dos tempos!
A alma de Stefan mergulhou dentro de um sombrio crepúsculo ameaçador, contemplando tudo com os olhos sombrios, sentindo falta de socorro, perturbado e humano, sendo visto em atos e pensamentos por um deus de olhos bovinos que o encarava dia e noite.
Sentia-se regredir, sufocava-o o sentimento de terror que experimentara na infância.
Carlos Russo Jr.
Convidamos à instigante leitura da primeira parte do ensaio do autor cânone do modernismo:https://www.proust.com.br/post/a-tortura-f%C3%ADsica-e-psicol%C3%B3gica-impostas-pelas-religi%C3%B5es-apocal%C3%ADpticas-james-joyce-parte-i