A parada Gay de Copacabana congestionou o transito…

Seria mais correto se falássemos a “Parada GLBT”, que é a sigla usada para designar as minorias sexuais? (gays,lésbicas,bissexuais, travestis e transexuais), ou mesmo “Parada da Diversidade sexual”?

O fato é que a “Parada Gay” ou da “Diversidade SExual” ou “GLBT” como preferir, levou ontem dia 14/10/2007 talvez mais de 800 mil pessoas a praia de Copacabana localizada na cidade do Rio de janeiro. As cores do arco-íris, símbolo da luta dos homossexuais, tomaram conta da Praia de Copacabana na XII Parada do Orgulho GLBT.Para quem esteve por lá o que se viu foi um clima de imensa alegria, tolerância, confraternização, a celebração da harmonia na diversidade, ao menos nesta ocasião, desejamos que esta “Harmonia na diversidade” se perpetue, quem sabe para sempre, não seria demais não é mesmo? afinal todos os segumentos das sociedades atuais precisam de paz e harmonia.

Quem passasse pela orla de Copacabana não iria só deparar-se com o publico GLBTT, e sim com famílias heterossexuais, jovens heterossexuais, crianças, idosos ,enfim a DIVERSIDADE!o governador do Estado do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho (PMDB) também passou por lá, aliás às 16h20pm e só então, com duas horas de atraso, a parada foi oficialmente aberta,ao lado de sua mulher, Adriana Ancelmo, ele exaltou a luta pela liberdade sexual e chamou Copacabana de “bairro mais plural do Rio”.

Em suas palavras:
“O Brasil, que vive um Estado democrático, precisa avançar nos direitos individuais. Chega de preconceito. Viva a alegria”.
Na saída, deu beijinhos na transexual Jane di Castro, que cantou o Hino Nacional, pegou uma criança no colo e foi embora.
A ministra Dilma Rousseff, que mais cedo participou de um evento da Petrobras, no Rio, era esperada, mas não apareceu. A festa gay reuniu mais políticos em cima do trio elétrico. Estavam lá as senadoras Ideli Salvatti (PT-SC) e Fátima Cleide (PT-RO). As duas defendem no Congresso a votação do projeto de lei 122/2006 que transforma atos de homofobia, agressões contra homossexuais em crime, inafiançável, semelhante ao que já acontece com o racismo.

O prefeito Cesar Maia (DEM) não foi, mas estava lá seu secretário de Assistência Social, Marcelo Garcia.
No total, passaram pela avenida Atlântica 12 carros elétricos, todos tocando música eletrônica,em um deles, uma réplica da estátua do Cristo Redentor vestido com a bandeira do arco-íris símbolo do movimento homossexual. A parada atraiu gente do País inteiro e de outras partes do mundo também, alemães, Ingleses,argentinos, Canadenses e americanos estavam por lá.

Vale a pena ressaltar que em outras edições “a parada” vinha sendo acusada de banalizar a imagem do movimento, em comparação com a versão mais politizada de São Paulo, inclusive por muitos mebros de grupos GLBTs. Algumas pessoas costumavam relacionar a parada com um dia de orgia de carnaval o que não é verdade ,sabemos.

Desta vez a parada GLBT de Copa foi muito mais reinvindicativa, mais politizada, mas combatente; os coordenadores do Grupo Arco-Íris de Conscientização Homossexual disseram que tinham o objetivo de dar um toque mais político ao movimento e pressionar o Senado para a aprovação do projeto de lei 122/2006.

Este ano, os organizadores levaram uma enorme bandeira do arco-íris com a cor vermelho sangue, para simbolizar os mais de 2.500 homossexuais que segundo eles foram assassinados no Brasil nos últimos 10 anos por razões de homofobia.

“Construir uma sociedade que respeite a diversidade humana, promova a paz e combata a homofobia é um dever de todos nós. Temos que pôr um basta no ódio contra os GLBT”, disse o coordenador de Políticas Públicas do Grupo Arcoiris e superintendente estadual de direitos das minorias, Cláudio Nascimento.

Pra fechar, nada melhor do que este trecho do filme O Relatório Kinsey

“Se cada ser vivo é diferente de todos os outros seres vivos, então a diversidade se torna fato real irredutível da vida. Só as variações são reais, e para vê-las simplesmente temos que abrir olhos. O problema é que todas as pessoas querem ser iguais, acham mais fácil ignorar esse aspecto fundamental da condição humana, querem tanto fazer parte de um grupo que traem sua própria natureza para conseguir isso”
(Trecho do filme O Relatório Kinsey).

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