Aquela geração de homens, que passou para a para a história como a Geração 68, demarcou uma das vezes em que os espíritos livres surgiram em grandes grupos na face da Terra.
São momentos históricos como os de 1968 que tornam a presença do homem sobre a terra justificável, que empurram o niilismo para trás da cortina da vida, que transformam um mundo sem sentido em um universo em si e para si.
Pois somente os espíritos que ousaram, em determinados momentos, se libertarem é que assumiram a responsabilidade de mudar o mundo.
E sob sua ação nada mais permaneceu como era antes.
“Antes a morte que a vida mesquinha de antes”- assim soa a voz imperiosa da sedução a negar tudo o que se havia amado até então!
Entroniza-se nos espíritos, um súbito pavor e premonição contra o que antes era o antigo e como num relampejar surge o desprezo por tudo àquilo que os espíritos ainda agrilhoados consideravam “ser” e “dever”.
E assim segue a história da humanidade, pontilhada de espíritos que fazem com que o mundo e a vida, que de outra forma nada mais seria que uma eterna luta animalesca pela exclusiva sobrevivência, ganhe sentido, torne-se, enfim, humana.
Carlos Russo Jr.
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