A escola precisa aprender com o povo negro

Os saberes negros modernos estão a serviço da educação protagonista da diversidade, como explicou o professor Basiilele, do Congo, na oficina organizada pelo Centro de estudos de culturas e de linguas africanas e da diáspora negra, que ocorreu no primeiro dia de debates do Fórum Mundial de Educação (13). Mas é preciso abrir as portas das escolas e universidades para esse saber, com as cotas raciais e a aplicação da lei 10.639/03.

O professor Basiilele apresentou uma ótima aula onde conseguiu transmitir de forma enriquecedora e de fácil compreensão toda a história da diáspora africana em vários lugares do mundo, o valor sócio-cultural e seus traços, que ficaram marcados até hoje na população de qualquer país onde tenha ocorrido a diáspora, principalmente aqui no Brasil, onde ocorreu a maior imigração forçada de seres humanos de toda história do planeta…

Uma parte muito importante de sua aula foi sobre a lei 10.639/03, do Ministério da Educação, que exije que a história da cultura afro-brasileira seja incluida no curriculo das escolas públicas e privadas. Foi aprovada faz quatro anos e ficou até hoje como letra morta para o governo federal. Ele falou da importância dessa lei no processo de inclusão social no pais.

A aula tratou também das cotas raciais e suas especificidades na inclusão social da população negra em todos os espaços púlblicos, onde não estamos representados. Isso acontece principalmente nas universidades federais, onde somos apenas 3%. O sistema de cotas é um dos maiores meios de diminuir o extermínio da juventude negra que vive a míngua nos guetos, vielas, favelas e periferias de todo o Brasil e uma forma de estar ressarcindo o atraso que temos enfrentado de forma bem cruel nos últimos séculos.

É uma medida de reparação e ação afirmativa que deve ser feita a partir de novas perspectivas de toda a sociedade brasileira, dos movimentos sociais e do governo federal.

O professor falou também sobre as origens dos povos que aqui chegaram da África através da travessia do oceano pelos navios negreiros e as suas origens culturais e geográficas. Todas as técnicas de trabalhar com a terra que eles dominavam foram adaptadas aqui. Ele explicou que estudos ciêntificos indicam que a origem do ser humano na terra foi no continete africano e na aproximação desse com o continente sul-americano.

Reflexão

É muito mais q necessário a implantação da lei 10.639/03 nas escolas públicas e privadas do Brasil. É uma divida com a população afro-indígena, por todo o processo de exclusão que temos enfrentado nesses útimos trezentos anos;

Vivemos a falta de tudo que possa nos tornar dignos de ser uma raça mesmo, reconhecidos realmente como seres humanos, que possa desmistificar o mito da democracia racial, aprovar todas as formas de cotas raciais e não sociais,aprovar a titulação das terras quilombolas e indigenas e lutar pela criação de um partido afrocentrado. Acredito que seja um bom início nas lutas do movimento negro e dos sociais, a inclusão imediata da população afro-indígena no plano de desenvolvimento em todo pais…isso realmente para acontecer vai depender muito de toda a sociedade brasileira estar unida nessa luta…asé!!!

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