Ou nossa irresponsabilidade enquanto indivíduos e coletividade.
Manuel Antônio de Almeida, em sua curta existência de 30 anos, foi o responsável por uma obra-prima que retrata em suas origens, nos tempos ditos “del rei” algumas características que, tempos futuros, somente fizeram se acentuar em nossa História: A irresponsabilidade!
Somos bons de proza, cordiais entre os nossos, violentos e excludentes com todos os demais, principalmente com aqueles que consideramos socialmente inferiores.
“Memórias de um Sargento de Milícias” nos mostra um povo, cujo protótipo é Leonardo, o futuro Sargento Miliciano, que tem como primazia o princípio do prazer. A ironia e o deboche com que nos brinda o romance criaram Leonardo, o primeiro malandro nacional!
Antônio Cândido define “a dialética da desordem”, como o traço essencial tanto deste enredo quanto o de nossa formação histórica.
O romance publicado sob um pseudônimo: “Um Brasileiro. ”
Recentemente, Rondônia mandou recolher todos os exemplares das escolas públicas. “A obra tenta vincular as forças armadas com milicianos”. No final do dia, o governador Coronel Marcos Rocha anunciou que os livros recolhidos seriam alvejados por tiros de canhão.
Realmente, os Majores Vidigal e Leonardo, o Sargento de Milícias, seguem agindo em nosso país, 150 anos após o falecimento de seu autor.
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Carlos Russo Jr
Anexo: Portal do Professor