O BarCamp é um modelo de evento baseado nos princípios de colaboração e auto-organização. Ao contrário das conferências tradicionais, não há uma pauta pré-definida de apresentações e grupos de trabalho. Os participantes decidem a grade de programação e formam os círculos de debate conforme seus interesses, invertendo o modelo top-down das reuniões de especialistas e adotando um modelo emergente, bottom-up. O trabalho da organização é mais facilitar do que comandar. Por isso, costuma-se dizer que os BarCamps são “desconferências”.
Objetivos e temas relacionados
Ampliação da colaboração no ciberespaço. Isso significa debater desde software livre e creative commons até jornalismo participativo e projetos de inclusão digital. O conceito norteador é o de Web 2.0, ou seja, de uma Web centrada em pessoas, não em ferramentas. A pergunta que se tenta responder é “para que serve tudo isso?”, quais os benefícios que as ferramentas de comunicação podem trazer à sociedade.
Um objetivo tangencial ao divulgar o conceito de BarCamp, um modelo de conferência aberto, que pode ser usado não apenas para eventos sobre tecnologia, mas para organizar encontros sobre qualquer tipo de tema.
Público alvo
Especialistas, educadores e público em geral interessados em saber mais sobre as ferramentas e possibilidades de colaboração na Web. Programadores, comunicadores, estudantes universitários, ativistas em movimentos sociais são alguns dos participantes comuns em BarCamps.
Local e programa
Federação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação
Rua Jerônimo Coelho, 303, Centro, Porto Alegre
09/12 – Sábado
10h às 12h: Organização dos grupos de trabalho e apresentações
12h às14h: Intervalo para almoço
14h às 20h: Desconferência
10/12 – Domingo
10h às12h: Desconferência
12h às 14: Intervalo para almoço
14h às 18h: Desconferência
Inscrições gratuitas através do site http://www.barcamp.blaz.com.br/poa
jornalista responsável: Marcelo Trasel: marcelo.trasel@gmail.com
“Barcamp é, em resumo, um modelo de conferência”
A idéia surgiu entre pessoas com um interesse em comum: colaboração. Esse é o nosso mote; aquilo que direciona as atividades do evento, onde cada participante exerce literalmente a sua função de fazer parte dos resultados. Esse modelo tem sido usado ao redor do mundo para reunir pessoas em Amsterdam, New York, Vancouver, Bruxelas, Paris, e recentemente Brasil.
Cada participante é encorajado a fazer uma apresentação, demonstrar o projeto em que está trabalhando, ou fazer parte ativamente das discussões que ocorrem nos cantos do evento. Não há lista de palestrantes, nem programação fechada; existem idéias e vontade de colaborar. Trata-se de estar envolvido diretamente em uma estrutura de conversação horizontal e emergente.
Para saber mais
http://en.wikipedia.org/wiki/Barcamp
http://www.boxesandarrows.com/view/an_open_source_conference_barcamp
http://money.cnn.com/2006/06/05/technology/business2_unconference0606/
http://digital-web.com/news/2006/08/article_understanding_the_unconference/
http://www.alfarrabio.org/index.php?itemid=2303
http://ambrambilla.blaz.com.br/libellus/2006/09/16/de-floripa-barcamp-brasil/
http://br-linux.org/linux/florianopolis_sedia_primeiro_barcamp_brasil
http://www.jornalistasdaweb.com.br/index.php?pag=pontoJol&paginaAtual=4&PHPSESSID=22fcd1ff09c576760fe
A desconferência de Porto Alegre
Saudações a todos,
Gostaria de saber como funciona na prática a dinâmica de uma BarCamp. Quais são as funções ou papeis, como uma relatoria ou uma moderação, necessários para seu correto funcionamento? Como efetivamente é feita a construção coletiva? consenso ou maioria?
Obrigado.
Adriano Borges
A desconferência de Porto Alegre
Para tentar aprender a significação desse tipo de movimento, o interesse dos temas e a forma livre com que são debatidos, é preciso sair da lógica política habitual da conferencia. não se trata de obter consensos, igualar opiniões, identificar as pessoas em torno de programas e de imagens comuns. barcampers não se caracterizam pela busca do consenso, mas pela busca de uma intervenção, um fenomeno de ruptura das significações existentes e dominantes. ruptura que se articula com outros processos. novos universos para compreender diferentemente uma situação. não se trata de um modelo com o qual a sociedade inteira vá se identificar. apenas incita a gerar outras situações criativas, em condições singulares. grupo-sujeito. superação de tudo o que já foi elaborado. grupo-sujeito. bem isso. respeito à individualidade sem promover individualismo… saca?
BarCamp Porto Alegre é a segunda edição do Barcamp Brasil, realizado em setembro na cidade de Florianopolis. Aqui em Poa mais tres já se anunciam: em março na cidade de Mostardas?RS, também em março inicio aulas, ou semana academica, da ufrgs e uma outra envolvendo temas como propriedade intelectual, modelos de publicação e informação científica, software livre e novas tecnologias aplicadas às ciências da vida, que já está em gestação, com lista de discussão preparação:http://webmail.cbiot.ufrgs.br/mailman/listinfo/biocamp-l