Dostoievski, os tormentos da alma e os mistérios do subconsciente

De alguma forma a Dostoievski foi dado, como a poucos, o conhecimento do coração humano, cujas veleidades mais ocultas e mais criminosas são postas a nu nos seus personagens. E isto Dostoievski realizou encarnando tanto a própria alma e suas doenças físicas, quanto expondo as chagas da pobreza e da vilania mais infamante que quase sempre o envolveu.
Nietzsche, que jamais ocultou o quanto bebeu em Dostoievski, chamava-o mesmo de “aquele meu mestre, com seu profundo e criminoso rosto de santo… possuidor da grandeza religiosa dos amaldiçoados, do gênio como doença e da doença como gênio, do tipo atormentado e possesso, no qual o santo e o criminoso são um só…”.
Segundo André Gide, Dostoievski “tem sempre qualquer coisa para desagradar a todos os partidos” e na mesma linguagem do século XX, a todas as correntes ideológicas.

Carlos Russo Jr

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