As cidades de Sodoma e de Gomorra, “eram nada mais do guetos onde as tribos de Israel agrupavam os cananeus homossexuais, os malditos pela Lei de Moisés”. Locais que serviram de campos de concentração dos diferentes, que haviam sido condenados ao extermínio pelo Deus da vingança, através do fogo e do enxofre, uma arma química de extermínio em massa por excelência.
Proust foi um dois primeiros grandes romancistas que ousou atribuir à homossexualidade a importância que ocupa claramente na sociedade contemporânea. Foi em “Em busca do tempo perdido” que Proust aprofundou a análise psicológica da forma de amor que aproxima homens de outros homens e mulheres de mulheres, relações que na época desafiavam a vida social, política e espiritual.
“O universo é verdadeiro para nós e diferente para cada um de nós”.
Para Proust em sexo não existe nenhuma moral a ser seguida, embora os comportamentos humanos sejam moldados tanto pelas paixões quanto pelos padrões sociais. O escritor, dentro de sua extrema perspicácia, explicita os preconceitos e atitudes ligadas ao sexo, abandonando a hipocrisia social.
Convidamos à leitura de nosso ensaio.