Na Batalha de Moscou, a antevisão do Waterloo de Hitler

Durante toda a guerra que o Nazismo moveu contra quase todo o mundo, seu ímpeto mais profundo era superar as vitórias de Napoleão. Por isso, precisava transformar em vitória, inclusive as derrotas, em seus modelos para poder superá-los. Por isso mesmo, desde o início da Guerra, os Nazistas tinham como estratégia principal a tomada de Moscou.

Tal qual Napoleão que firmara um pacto de não agressão com o Czar Alexandre I, e o rompeu ao invadir e tomar Moscou, Hitler e Stalin assinaram outro pacto de não beligerância com a partição da Polônia, em 1939. Hitler rompeu-o em junho de 1941 e invadiu a U.R.S.S. com mais de 4,5 milhões de soldados, distribuídos em três frentes, da qual, a mais importante, era sem dúvida, aquela que buscava a conquista de Moscou.

Hitler e seu Exército calculavam que com a queda da capital política da U.R.S.S., estaria quebrada a resistência do Exército Soviético; logo a seguir, a Inglaterra seria invadida ou se renderia, e a guerra terminaria. A Alemanha Nazista e seus aliados teriam o domínio de todo o Mundo!

Na operação denominada “Tufão” o comando nazi esperava desbaratar as tropas soviéticas ainda nas vizinhanças da capital (entre Viazma e Briansk) e depois invadi-la e destruí-la. O “Grupo de Exércitos Central” nazista somavam 74 divisões, dentre as quais 14 blindadas e 8 motorizadas, 1 milhão e 800 mil soldados e oficiais; 1.700 tanques de guerra, 1.390 aviões, artilharia de mais de 14.000 canhões e morteiros.
Entre todas as capitais europeias atacadas pelo ar pelos hitleristas, a melhor protegida, a que sofreu menos danos materiais e da população, foi Moscou. Ao todo, a aviação soviética e a defesa antiaérea abateram 1.300 aviões inimigos. Na retaguarda do inimigo, os guerrilheiros reforçavam os seus golpes. Seus nomes jamais foram esquecidos.

Os combates, entretanto, sem ruptura de fileiras, aproximaram-se até a distância de 25 a 30 km de Moscou! Mas a partir daí não conseguiram avançar um palmo.
A Contraofensiva Soviética.

Lenta mas implacavelmente, a correlação das forças mudava a favor das Forças Armadas Soviéticas. Em 5 de dezembro de 1941, inopinado e demolidor, o primeiro golpe soviético estonteou o inimigo. Mas ao voltar a si, ele ofereceu encarniçada resistência às forças vermelhas, mas, à custa de grandes perdas, teve que recuar a toda pressa.

Os campos de batalha nas proximidades de Moscou ficaram cobertos de cadáveres de soldados e de oficiais fascistas, de material de guerra alemão destroçado e abandonado.

A derrota abalou seriamente a máquina de guerra nazista, tida até ali, como imbatível.
O jornal Star de Washington, reproduzindo fala do Presidente Roosevelt, escreveu: “Os sucessos da Rússia revestem-se de grande importância não só para Moscou e o povo russo, como também para Washington, para o futuro dos Estados Unidos. A vitória renderá homenagem aos russos por terem suspendido a “guerra relâmpago”, pondo em fuga o inimigo”.

A guerra nazifascista ainda levaria o terror a muitos povos da Terra; cobraria muito sangue, mas o “crepúsculo dos deuses” já se delineava no horizonte. Mas Moscou estava salva.

Convidamos à leitura da íntegra de nossa crônica.

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