Imagem: Hals
1. Os falsos dilemas do governo bolsofascista continuam. Depois de criar a falsa polêmica de contraponto do tipo a bolsa ou a vida, (ops!), a economia ou a vida, como se a economia não existisse para a vida, coloca um médico que não conhece o código de ética da profissão para reger, como uma música fúnebre, a pandemia. Mas a ética não faz parte dos conceitos absorvidos pela elite trombadinha e seu desgoverno.
2. Logo na chegada do novo ministro circula um vídeo na internet em que ele polemiza questionando qual o melhor investimento, entre a vida de um adolescente e um idoso, em qual deles os “recursos” deveriam ser aplicados de forma mais “rentável”. Esqueceu-se de esclarecer de quais adolescentes falava? Qual a cor deles? Qual o saldo bancário? Onde moram? E se o idoso for um abastado cidadão de bem? Um banqueiro talvez?
3. O discurso canalha marcou a posse e a reafirmação das intenções genocidas do governo. Enquanto isso, o astronauta da terra plana receita remédios para vermes. Infelizmente não é eficaz com os membros do desgoverno. Assim, condenados e desolados, quando não nos resta nem o pneumotórax, só nos restará um tango. Não um argentino, como profetizou o poeta Manuel Bandeira, mas um tango russo:
O SOL ENGANADOR (Ióssif Alveg, versão Vadim Nikitin)
Doce sol desolado
Dava adeus ao mar triste
Nessa luz te traíste
Amor não há
Tu choravas dançando
Já sem dor nem saudade
Nessa luz me falaste
Com teu olhar
Não há quem culpar
Se o sol mentiu, pois
Quem inventa o amor
São sempre dois
Doce sol desolado
Dava luz ao mar triste
Nessa luz te traíste
Amor não há
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