Imagem: Simch
1. O fabuloso mundo do agente laranja já tem mais de 20.000 mortes por coronavírus registradas oficialmente. É o país com o maior número de mortos até agora. É o modelo para o disfuncional, que continua empenhado em seguir o mestre, e nesse empenho, prega o fim do isolamento, promove espetáculos de jejum na rua, entra em padarias e faz um lanche acintoso, considera aglomerações em templos evangélicos “serviços essenciais”, assoa o nariz e cumprimenta idosos e, em público, faz tudo isso lenta e pausadamente que é pra dar tempo de formar algum ajuntamento de possíveis vítimas. Mais lentamente ainda se apresenta para buscar soluções para o aumento do número de leitos de UTI disponíveis, ou não se apresenta. Chegamos a 1.124 mortes nos registros oficiais. E sabe-se que o número real é, seja por razões políticas ou técnicas, muito superior a esse.
2. As convocações têm resposta dos apoiadores fanáticos, também genocidas, que criam situações inusitadas que nem em filmes de terror classe B foram pensadas, tal a falta de verossimilhança. Hoje uma carreata na Avenida Paulista, contra a China, contra o governador de S. Paulo e contra a rede goebbels, não só impactou o trânsito de carros comuns, como impediu a passagem de três ambulâncias (Jornal 247), que ficaram presas na irracional e bestial manifestação.
3. A Revista Fórum apresenta uma pesquisa que relaciona as falas do presidente, que são repercutidas por seus apoiadores, com o relaxamento do isolamento social e, consequentemente, com o aumento de casos de covid-19: “Um grupo de engenheiros, matemáticos e imunologistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) relatou através de uma análise científica dos casos de coronavírus no Brasil que falas do presidente Jair Bolsonaro, proferidas nas últimas semanas contra o isolamento social, podem ter contribuído com o aumento de infectados no país”.
4. Assim, a melhor definição para o grupo que ocupa o planalto é: “chorume da ditadura”. Infelizmente não conseguimos recuperar a autoria dessa brilhantemente definição. Mas é isso mesmo, essa coisa putrefata que permaneceu nos porões e que hoje escorre como chorume, festejando a morte e a violência.
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