Dia 87 (452) – Ano 2 – Serial Killers

Imagem: Ribs

diariobrasil.png

Quais são os cenários possíveis para o país?

1. A morte, a morte e a morte. São as três possibilidades sob a batuta do abutre que ora ocupa o planalto. Existem milhares de formas de se pensar soluções para a vida e para a economia durante a maior guerra que o país já enfrentou, a maior parte delas passa necessariamente por colaboração e solidariedade, e gestão, mas a resposta inicial posta é de impor um regime de força. Sem proposta. E sem noção. Na base do “quem manda aqui sou eu, pô!”.

2. Mas tem oposição, e tem racionalidade. Tem uma renda mínima (infelizmente foi aprovado apenas R$600,00), com a possibilidade de mães e avós que criam filhos e netos sozinhas receberem em dobro, toda costurada apesar do executivo.

3. Enquanto isso o governo gasta 4,8 milhões de reais em uma propaganda, sem licitação, para convocar carreatas da elite trombadinha que defende que os trabalhadores morram e matem no lugar deles. Uma carreata, claro, e não uma concentração ou passeata como das outras vezes, que é para que possam, eles, se protegerem do vírus. Em Porto Alegre, onde a carreata foi antecipada, as janelas responderam, muito apropriadamente, com panelas atiradas nos carros.

4. Quantos respiradores, ou ventiladores, poderiam ser comprados com esse dinheiro gasto irregularmente em propaganda criminosa? O país tem apenas 65 mil ventiladores, o equivalente a três equipamentos para cada dez mil habitantes. A evolução da doença, hoje, é maior aqui do que na Itália para o mesmo período. O SUS tem apenas 46,6 mil desses equipamentos, em alguns casos as pessoas precisam permanecer até 20 dias no aparelho para recuperar, então o colapso do sistema é uma conclusão óbvia.

5. Há reservas, há formas negociadas de suprir a necessidade das pessoas e das empresas, especialmente das pequenas e médias empresas que possivelmente terão mais dificuldades com o baque. Mas os abutres apostam na morte. O ex-capitão que, assim como o seu general de estimação, continua vivo, apesar de idoso, prefere importar o discurso fascista, do qual a Itália hoje se arrepende e lamenta, para expressar com precisão a sensibilidade da elite trombadinha brasileira, que só galga o lugar que ocupa, escalando mortos. Abutres, enfim.

  1. Confira todas as colunas:

Diário Não Oficial do Brasil

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *