Dia 48 (413) – Ano 2 – Ora, direis, coronavírus

Imagem: Gov Cn

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1. E se o coronavírus chegar por aqui? O que vai acontecer com os municípios que perderam seus médicos por questões ideológicas do ex-capitão que não está a serviço da população? Que prefere mostrar serviço a Trump, a troco de uma pseudo estrelinha num hall da fama, que nunca chegará. São 3.942 médicos a menos em “locais menos atrativos para os profissionais, como municípios mais distantes e periferias de grandes cidades”, com a saída dos médicos cubanos que trabalhavam para o programa Mais Médicos (El País).

2. O SUS está sendo desmontado, subfinanciado, nos colocando na lanterninha dos países que têm sistema universal de saúde. O país não investe nem 4% do pibinho em saúde, enquanto países como Canadá, Inglaterra e França, entre outros gastam em torno de 8% dos seus PIB. Pior, passamos a ter um aterrorizante cenário de redução do que já era subfinanciamento. No primeiro ano do desgoverno do síndico disfuncional o sistema de saúde já perdeu 8 bilhões de reais da sua dotação orçamentária (CEBES – Centro Brasileiro de Estudos de Saúde).

3. As estatísticas mostram que mulheres morrem pelo feminicídio (3.200 em três anos), sem que a rede básica de atenção amplie sua atuação. A morte de mulheres por gravidez, parto ou puerpério também é muito grande. Pré-eclâmpsia, hemorragia, infecção e abortos provocados são as principais causas. E 92% dos casos de morte seriam evitáveis, de acordo com o próprio ministério da saúde. A meta firmada com a ONU é reduzir em 50% a taxa de mortalidade materna até 2030. Nós, campeões, estamos com o índice de 64,5 óbitos por 100 mil (Revista Crescer).

Já morremos como moscas, então, o coronavírus, provavelmente, não chegará a ser nosso maior problema.

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