Dia 316/365 – Pequenas notas de nossa tragédia latinoamericana

Imagem: Ihsaan Haffejee https://fotospublicas.com/em-paralelo-a-cupula-dos-brics-que-ocorre-nos-dias-13-e-14-de-novembro-representantes-de-movimentos-populares-de-brasil-russia-india-china-e-africa-do-sul-se-reunem/

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1. O presidente eleito Evo Morales está no México, a salvo do plano B do agente laranja que era assassiná-lo. Não só a sua vida, mas as de todas as lideranças de esquerda estão ameaçadas. Apesar da reação popular a favor do governo legitimamente eleito, há um império e suas sucursais, os presidentes-capachos, como o nosso, que formam uma força-tarefa disposta a fazer qualquer negócio para manter o domínio dos exploradores do norte. A América Latina unicamente como um projeto extrativista. Neo-colonização.

2. O ex-capitão, o que prega a violência, que diz que vai metralhar os petralhas, que defende a tortura e o extermínio, que é suspeito de estar envolvido como assassinato de uma vereadora (por que outra razão o bolsofilho se preocuparia em editar o áudio da portaria do condomínio?), tenta agora enquadrar Lula por “discurso violento”. Porque a liberdade de Lula questiona a existência dessa coisa tosca que está operando no país.

3. O Brics dos povos acontece desde ontem em Brasília. O principal tema é a crescente desigualdade nos países do grupo.

4. A Embraer perde 77 milhões depois de ser entregue à Boeing, pelo governo do síndico disfuncional, e a reforma da previdência, praticamente um retorno ao trabalho escravo, passa a valer a partir de hoje. E não contentes, os monstros que ocupam o planalto criam novos impostos, para os desempregados, claro. Um programa de emprego a ser financiado com o dinheiro retirado do seguro desemprego. Não com o lucro dos bancos, não dos ricos, não das fortunas não taxadas, não dos militares e suas filhinhas eternamente pensionistas.

5. Para finalizar o resumo desse dia, uma família inteirinha de bolsonaristas, que usavam as redes sociais para fazer campanha para a bolsofamília e esbravejar contra a “corrupção”, foi presa em Londres, por fraudes. De acordo com a BBC “a quadrilha empregava pelo menos outros cinco brasileiros e faturava milhões de libras por ano, segundo a Scotland Yard, que trabalhou por mais de um ano com agentes infiltrados à paisana no esquema, descrito como “uma rede sofisticada de prostíbulos, pelos quais vendiam drogas e controlavam prostitutas, gerando lucros acima de um milhão de libras” – ou mais de cinco milhões de reais – por ano”.
A milícia no comando…

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