Dia 241/365 – Tortura nunca mais ou o desandar da carruagem

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1.Ontem, dia 28 de agosto, a lei de anistia completou 40 anos. Foi possível trazer de volta homens e mulheres que foram exilados durante a ditadura militar, mas também deixou na impunidade torturadores e usurpadores do país, hoje glorificados por alguns fascistas que estão no poder e se sentem à vontade para destilar seu ódio.

“Pela família, contra o comunismo e pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra”, Jair Bolsonaro.

2.Alguns dos países da América Latina submetidos a golpes militares conseguiram a condenação dos seus torturadores. A classe dominante brasileira, a parcela das forças armadas responsável pelos horrores da ditadura, e determinados veículos de informação colaboracionistas que tentam apagar a história, conseguiram seguir impunes e hoje buscam se reerguer.

3.O síndico disfuncional que ora ocupa o Planalto é um dos adoradores da tortura e da ditadura militar. Foi eleito com esse bordão, da volta à ditadura, da apologia à tortura e ao genocídio indígena. O presidente do país tem como herói um dos mais bárbaros e covardes torturadores que a ditadura militar brasileira gerou.

4.Os eleitores e seguidores do ex-capitão autorizaram um admirador da tortura a comandar o país. O discurso de apologia à violência e de ódio como motor do país, ainda funciona para os 28% que ainda aprovam os (des)caminhos do governo. Mesmo após 8 meses de descalabros e desastres, da presença de Queiroz de braços dados com a junta familiar, dos milicianos amigos, dos bolsofilhos acima de tudo, seguem sem perceber o preço que é pago por todos.

5.Um dos grupos impulsionadores dessa situação desastrosa foi o partido político da lava jato, que atuou para desestabilizar a economia e afastar opositores, utilizando métodos inspirados no santo ofício e em outros momentos obscuros da história. Segundo o jornal GGN, a jornalista Hildegard Angel no seu twitter citou um estudo do jornal Valor Econômico que avalia as perdas induzidas pelo partido da lava jato em 142 bilhões, ou 2,5 % do PIB, em apenas um ano, e a perda de 991.734 vagas emprego entre 2014 e 2017, graças ao desmonte da construção civil, da engenharia nacional, e dos setores naval e metalomecânico. Os empresários responsáveis pelos crimes continuam ricos, e muitos já foram soltos ou tiveram as penas reduzidas em troca de acordos de delação sob medida.

6.Esse é o quadro, mas o partido da lava jato afirma que atuaram para recuperar o dinheiro da Petrobras. Pensaram em apropriar apenas 2,5 bilhões para criar uma fundação para eles mesmos, como acreditam que seria justo. E, claro, a conclusão desse desmonte de setores estratégicos da economia é que o PêTê quebrou o país. Mesmo que os números de 2003 a 2016 testemunhem o inverso.

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