Dia 239/365 – O cheiro do ralo

Imagem: Latuff https://www.brasil247.com/charges/carlos-latuff-raoni-no-g7

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1. “Índio não fala nossa língua e consegue 14% do território do Brasil”, diz o síndico disfuncional estimulando o ódio aos indígenas. Os povos indígenas, os povos originários, são os inimigos da vez, vai puxar a horda fascista com seu raciocínio raso na contramão de todo o mundo que debate a descolonização. Claro que seu interesse é a cessão do território da Amazônia, sua água e seus minérios para os agro associados e o capital internacional porque, segundo ele, somos apenas fornecedores de commodities, e sem isso não somos nada.

2. O ódio racista contra os povos originários vem seguido de morte. As pessoas estão fugindo das queimadas e morrendo no caminho, ou não terão formas de sobreviver após o fim do desmatamento seguido de queimada, e o discurso de ódio e de exclusão é o combustível. O dinheiro público remunera uma casta de agentes a serviço do ódio, gente criada e cevada toda a vida nas tetas da coisa pública, destilando profundo desprezo pelo outro. A bolsofamília é a clássica representação dessa espécie.

3. De que matéria são feitos esses agentes públicos, representados pelo ex-capitão, pelo ex-juiz e procuradores associados? Para que servem, além de utilizar a máquina pública e o acesso a informações confidenciais para perseguir seus interesses privados, mesquinhos, e cultivar o ódio?

4. A força tarefa da lava jato destila a mais frustrante e mesquinha mediocridade sustentada pelo ódio. O projeto que deveria ser regido pelo interesse e pelas normas da coisa pública se revela corrompido e pessoal, travestido em cruzada moralista daquelas que escondem a defesa do próprio bolso acima de tudo e todos. E sob esse projeto construído da mais pura vilania estamos aqui nós, submetidos aos resultados catastróficos de uma pseudo eleição, e de uma campanha operada por agentes pagos com o dinheiro público, ocupados em destruir a reputação de tudo e todos e utilizar os instrumentos do judiciário para burlar a lei.

O jornalismo presta um importante serviço de utilidade pública ao levar ao público a falta de caráter, de lisura e mesmo de humanidade desses seres abjetos da lava jato, ou matilha de hienas, como os denominou um ex-procurador.

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