Dia 230/365 – No tempo das milícias

Charge: Marcelo D2 e Bira Dantas https://www.humorpolitico.com.br/bira/bolsonaro-e-as-milicias/

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1. Um dos bolsofilhos, o que se imagina príncipe regente, compartilhou uma lista do COAF com movimentações suspeitas de integrantes da assembleia legislativa do rio de janeiro, que inclui o próprio irmão. O que é isso? Porque e, principalmente, como ele tem acesso a essa informação? Será que existe uma guerra de facções na família? Queiroz irá aparecer? O depósito da primeira dama será explicado? Adélio dará uma entrevista coletiva? Enfim, delírios de domingo.

2. A grande operação dos conges e parças incluía a receita federal. Nenhuma legalidade sobreviverá à operação que cada vez se assemelha mais a uma milícia judiciária. Parece que não havia limites para a invasão ilegal promovida pelo partido da lava jato para satisfazer interesses dos seus integrantes. Dados sigilosos da receita eram acessados sem nenhum respaldo legal, afirma o jornal a tarde, de Salvador. De acordo com as mensagens trocadas pelos parças, um amigo na receita federal valia mais do que a Constituição e o Código Penal. E como parece que o crime tem suas recompensas, o parça que vazava as informações assumiu a presidência do COAF com indicação do ex-juiz.

3. Em um trecho da reportagem o jornal atarde informa que em uma investigação em agosto de 2015 o procurador Roberson Pozzobon teria pensado em obter dados da receita federal nos seguintes temos, conforme mensagem encaminhada ao procurador Deltan Dallagnol: “quero pedir via Leonel para não dar muito na cara, tipo pescador de pesque e pague rsrsrs”. E assim afundamos mais um pouquinho na compreensão do golpe de 2016, com a revelação do papel de cada ator na construção desse projeto fascista que se instalou país.

4. O jornal Folha de São Paulo fala em colapso de investimentos. O péssimo desempenho dos gastos com construção civil, máquinas e inovação é um dos piores da história. O desempenho da construção civil seria o pior deste setor em 70 anos.

5. O jornal GGN chama a atenção para que a desregulação proposta pelo bolsogoverno abre espaço para o crime organizado. Da liberação da posse de armas, à interferência na indicação de delegados da polícia federal no Rio de Janeiro e de auditores fiscais da alfândega do porto de Itaguaí, também no Rio de Janeiro. A região de Itaguaí é fortemente dominada por milícias e, segundo a imprensa, há suspeitas de que o porto serviria para a entrada de armas e saída de drogas. Lembra ainda que estamos na rota da máfia do lixo, que promove o descarte, em países com política ambiental frágil, do lixo tóxico cujo tratamento fica muito caro para os países de origem. Em Santa Catarina já foi interceptada uma carga desse tipo vinda para ser descartada por aqui. Segundo o jornal o ministro do meio ambiente atuaria como lobista dessa máfia.

6. E assim caminha a ampliação, um deslize ali, um crimezinho acolá, um cheque para a primeira dama, um Queiroz que desaparece. A extrema-direita segue abrindo amplos espaços em todas as áreas para o domínio da violência e a instalação das associações e organizações criminosas, até o controle se consolidar.
A elite-trombadinha aplaude…

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