Dia 218/365 – Sobre obscurantismo e impotência

Imagem: https://jornalggn.com.br/opiniao/a-caixa-de-pandora-do-obscurantismo-por-fabio-palacio/

1. A demonstrar como são pensadas e tomadas nesse (des)governo as decisões que afetam a vida dos brasileiros, na linha do faço, não faço, vou não vou, a privatização dos correios é mais uma das falas contraditórias do momento. O síndico disfuncional diz que sim, o ministro diz que não. Com meia hora de diferença e em dois eventos diferentes, mas ambos na terra plana,

2. O FGTS, os grandes quinhentos contos aquecedores da economia, podem ser utilizados para amortizar dívidas. A esperança do comércio se foi, o capital financeiro está prontinho para abocanhar mais uma parcela do futuro da construção civil.

3. Um torcedor num estádio foi atacado por policiais que, dando prosseguimento à rotina de terror implantada por dória, o bolsonarista, o agrediram fisicamente, prenderam e registraram no boletim de ocorrência que o motivo da prisão se devia ao cidadão haver externado seus sentimentos em relação ao ex-capitão que ora ocupa o planalto. O terrorismo que não permite a expressão de sentimentos sobre um homem que agride a tudo e todos, e cujo grande sonho de vida é ser um ustra, o covarde torturador de brasileiros durante a ditadura.

4. As ações de destruição da Amazônia são tão velozes que já se fala em intervenção internacional no país. Enquanto no Paraguai os crimes que atentam contra a soberania nacional derrubam autoridades, aqui elas se sentem mais fortalecidas e nos colocam a todos como alvo. A tese é antiga, mas a história recente mostra que tudo o que se precisa é um pretexto convincente.

5. O Diário do Centro do Mundo cita artigo publicado na revista Foreign Policy de autoria de Stephen M. Walt, professor de Relações Internacionais da Universidade de Harvard, que levanta a possibilidade de uma intervenção internacional para salvar a Amazônia. De acordo com o professor o Brasil está de posse de um recurso global crucial e sua destruição prejudicaria o planeta inteiro. O que o Brasil faz pode ter um grande impacto. Sanções econômicas ou mesmo o uso da força poderia ser viável. Lembrando que, aparentemente, é frágil a nossa condição de opor resistência a uma situação dessa natureza.

6. Em Brasília a 16 ª Conferência Nacional de Saúde discute o poder destrutivo do síndico disfuncional. Um manifesto em defesa do SUS foi entregue ao presidente do conselho nacional de saúde, assinado por seis ex-ministros. O documento traz um alerta para o desmonte do setor, e para uma série ações desastrosas desse (des)governo, que vão das mudanças no estatuto de desarmamento e na lei de trânsito à redução do preço do cigarro, ao incentivo à indústria de refrigerantes e a liberação de dezenas de agrotóxicos.

7. E como a pouca verdade que se sabe sobre o país já incomoda o sindico, ele resolve ameaçar os ganhos dos veículos de comunicação com uma medida provisória que desobriga a publicação de balanço das empresas de capital aberto, e insinua a medida como uma vingança contra o jornal valor econômico, cuja versão dos fatos não é do seu agrado. O caminho do obscurantista impotente.

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