Dia 206º/365 – Parem de nos matar

Foto no destaque reproduzida do site do Comitê Lula Livre

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Hoje é o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Hoje é um dia de luta para a mulher negra brasileira. Hoje é o dia de Tereza de Benguela, Carolina de Jesus, Luiza Mahin, Maria Felipa, Marielle Franco.

Hoje é o dia de Preta Ferreira.

Prisioneira do estado brasileiro há trinta dias, Preta Ferreira revelou, de forma dolorosa a razão da sua prisão: ser mulher e negra. E completamos, luta por seus direitos, se mantém na luta e não se intimida. Preta Ferreira é produtora cultural, apresentadora do Boletim Lula Livre e Coordenadora do Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC) em São Paulo. O Estado de São Paulo, comandado pelo medíocre dória, um governador a serviço dos interesses imobiliários

Segue a linha do governo federal, condena e depois arranja as acusações. Mas a tentativa de silenciamento das mulheres negras neste país vem desde a primeira partida de africanos escravizados que chegou ao Brasil em 1530, procedentes da Guiné. Se não se ouviu a voz das mulheres, se foi sonegada a sua história, o silêncio da mulher negra brasileiro só aconteceu para os ouvidos mocos e incapacitados de reconhecimento das mais diversas formas que acontecem os gritos de guerra.
Todas as formas de luta que já existiram no país têm a presença da mulher negra.
Das conspirações aos bárbaros tribunais, da luta pela vida dos seus filhos, nas associações de bairro, no parlamento, ao executivo. Benedita da Silva, já ocupou o governo do Rio de Janeiro, Marielle Franco tombou lutando na mesma cidade, como vereadora.

Em 1992 aconteceu o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, em Santo Domingos, na República Dominicana e as mulheres debateram sobre o patriarcado, a misoginia, o racismo e formas de combatê-los. Foi criada então uma rede de mulheres que permanece unida até hoje. Desse encontro, nasceu também o Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha, lembrado todo 25 de julho, data que foi reconhecida pela ONU ainda em 1992.

Em 2014, durante o governo da Presidenta Dilma Rousseff a data de hoje foi transformada em uma data de comemoração nacional, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola que viveu no século 18. Assim como Marielle Franco, morreu numa emboscada. Hoje é um dia de luta para gritar para o governo miliciano que ora ocupa o planalto, Parem de Nos Matar!!!!

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