Dia 199º/365 – O governo não suporta a universidade pública

1. O sociólogo espanhol Manuel Castells esteve no Rio e levanta um ponto interessante: o país está vivendo um novo modelo de ditadura e coloca na centralidade dessa situação as fakenews e aponta a saída através da educação. Obviamente, ciente dessa situação, o governo que ora ocupa o Planalto se apressa no grande desmonte da educação.

2. Future-se é o irônico e ridículo nome do novo programa do ministro da educação para o país. O governo não suporta a universidade pública, a sua autonomia e a diversidade de pensamentos e possibilidades críticas que circulam nesse espaço, então urge que o desmonte dessas possibilidades de pesquisa e de debates sejam controlados. Financeirização, desqualificação e a criação de um imaginário negativo sobre o que realmente acontece nessas instituições de ensino, pesquisa e extensão.

3. Vamos lembrar que o primeiro ataque foi aos cursos de filosofia e sociologia. De acordo com o filósofo Vladimir Safatle as pesquisas em filosofia representam 0,7 % do total de investimento em pesquisas no Brasil e em sociologia 0,4 %. Mas a primeira razão apontada foi financeira. Esses cursos têm que acabar pois o custo é alto. O pavor que a extrema-direita brasileira (mundial?) tem de um pensamento crítico, já que não conseguiu, literalmente, olhar além da linha do horizonte, acreditando que a terra é plana, é imenso. Mas há de se resolver essas questões na política. O embate é cotidiano contra o obscurantismo.

4. Como votarão os infiltrados na esquerda com relação ao desmonte da universidade pública, não sabemos mas investigamos sobre alguns que votaram a favor da solução fina, traidores do seu partido. O Conselho de Ética do PDT suspendeu os 8 deputados que votaram a favor da genocida reforma da presidência e eles serão submetidos a julgamento. São eles: Acre: Jesus Sérgio, um professor em seu primeiro mandato, Bahia: o corretor de imóveis, Alex Santana, também no primeiro mandato, Maranhão: o advogado Gil Cutrim, Minas Gerais subtenente Gonzaga, Piauí: o médico Flávio Nogueira, Rondônia: a jornalista Sílvia Cristina. Rio Grande do Sul: o médium Marlon Santos, São Paulo: a cientista política a Tabata Amaral. O que leva esses deputados a traírem os seus partidos? Não será convicção, com certeza.

5. Enquanto isso, à luz do dia, sob os holofotes da mídia, o supremo considera a investigação de Queiroz &milícia & associados uma vingança, a PGR reforça os lavajatistas mesmo tendo sido explicitados todos os crimes e maracutaias, o conge continua comandando a PF, o futuro embaixador-filho supremacista branco vai ter que arranjar um cabo, um soldado e um jeep para fechar o senado e ir para as fileiras da KKK, seu grande objetivo com a embaixada nos EUA, os senadores querem teste de inglês do bolsofilho.

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