Dia 184º/365 – Ministro da Justiça: arrogância e cinismo impressionam a platéia

1. E seguimos nós, nessa deprimente tarefa de registrar o cotidiano dessa estranha coisa híbrida de fascismo com milicianos, de extremo autoritarismo com irresponsabilidade senil, de entreguismo com total falta de competência para tarefas mínimas.

2. O ministro da justiça foi à câmara de deputados responder aos deputados sobre os vazamentos. Não respondeu. O grau de arrogância e cinismo impressionam a plateia. Al que tudo indica ele se sente no controle da situação do país. Não há compromisso com a verdade, não há compromisso com a lei. Os interesses estão claros, uma guerra pelo controle absoluto das instituições e o fim da democracia, do estado de direito.

3. Não soube dirigir a cena, abandonando o plenário ao ser nominado como corrupto e ladrão por um dos deputados presentes. Também se recusou a solicitar ao telegram, que agora chama de aplicativo russo, as reproduções dos diálogos publicados pelos jornais e portais no Brasil. E num acesso de autoritarismo e em mais uma atitude de prevaricação, convoca a polícia federal para, sem denúncia, investigar a vida do jornalista Glenn Greenwald. O lawfare é a arma do ex-juiz e usa o aparelho do Estado para suas revanchinhas particulares. Tem que ser muito alienado(a) para continuar crendo no ministro. Ou parça, talvez.

4. Hoje seria um bom dia para discutir o acordo entre o Mercosul e a união europeia, mas como Macron informou que a França ainda está analisando, melhor ver no que vai dar. Lembrando que nossa desindustrialização avança, fábricas fechando em todo o país.

5. A OAB entrando com ação contra os cortes da educação, nova greve geral se organiza, o disfuncional presidente eleito é vaiado num jogo da copa américa e também por policiais, o time brasileiro consegue um bom resultado sem Neymar, ou talvez pela ausência de Neymar, e a reforma da previdência segue. Métodos inconstitucionais como compra de voto de deputados através de emenda são tão naturalizados como os diálogos do ex-jui-ministro, que considera trivial armar com a acusação, fabricar provas e grampear a defesa.

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