Diário Não Oficial do Brasil – Dia 159/365

1. O governo Bolsonaro e o gato de Schöridinger. Três conceituações interessantes, de Safatle que considera que estamos sob o comando dos porões da ditadura, de Jessé de Souza, que fala da vingança do brasileiro branco racista, misógino e homofóbico e do Le Monde, que trata da idiossincrasia que estamos mergulhados.

2. O plano de governo segue de vento em popa, liquida tudo, destrói tudo. Retira qualquer controle que incomode os amigos idiotizados e os capitalistas, mantém sob controle qualquer outro grupo, especialmente os movimentos sociais. Sempre caminhando para a solução final. Mas estamos nesse paradigma, do gato de Schöridinger.

3. A complexa história é assim: um gato, é colocado numa caixa com um frasco de veneno, em uma protegida contra incoerência quântica induzida pelo ambiente, ligado a um contador Geiger que por sua vez é ligado por relés a um martelo mecânico. Se o contador Geiger detectar radiação, o frasco é quebrado, liberando o veneno, que mata o gato. Se não for acionado o contador, o gato permanecerá vivo. A mecânica quântica sugere que, depois de algum tempo, o gato estará simultaneamente vivo e morto. Mas, quando se olha para dentro da caixa, apenas se vê o gato ou vivo ou morto, não uma mistura de vivo e morto.

4. Nós estamos presos nesse paradigma. O governo atual só tem projeto de destruição. De cadeirinha de bebês e multas de trânsito até questões clássicas e superadas em todos os lugares do mundo como privatização da água. Da perda total de soberania e identidade, à rejeição em todos os países em que o presidente eleito toca (estamos ansiosas para ver a visita à Filipinas), o contador geiger é acionado a cada instante. Dizem por aí que os 141 agrotóxicos estão matando todas as abelhas, que o petróleo está sendo distribuído sem contrapartida para o país, que se Trump mandar o nosso exército sairá atacando a Venezuela, não temos mais médicos, o sus e a aposentadoria estão acabando. Enfim, o martelo do contador está quebrando o vidro a todo momento. E nossa resistência nos mantém vivos. Nesse dilema.

5. Nesse problema que é no campo das ideias, como não poderíamos estar vivos e mortos, morremos todos no final. A cada minuto o contador dispara com tantas ações tóxicas.

6. Pesquisadores da Universidade de Yale, aquela que nenhum ministro de Bolsonaro estudou, descobriram uma forma de prever o comportamento dos elementos. O que significa, existe a possibilidade de salvar o gato. O paradoxo da superposição quântica, quando uma partícula se encontra em mais de um estado simultâneo. Os cientistas chegaram a um nível de previsão maior com a possibilidade de detectar os erros de modo a corrigi-los e desenvolver técnicas para evitá-los. Coisa assim, do marxismo cultural.

TODOS À GREVE GERAL DO DIA 14 DE JUNHO!

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