Diário Não Oficial do Brasil – Dia 116/365

1.A PF, subordinada ao ministro da justiça, cumpre o papel ridículo de desobedecer ordens judiciais para tentar transformar o que seria uma entrevista, autorizada pelo STF, em um circo para deleite de alguns jornalistas e blogueiros, escolhidos a dedo por militantes políticos que ocupam o lugar de quem deveria cumprir lei. O Supremo, num raro momento de independência, proíbe o espetáculo.

2. O mesmo ministro da justiça vai a Portugal e ofende um ex primeiro ministro local, demonstrando, mais uma vez, que não tem noção do que seja compostura.

3. O entendimento do presidente eleito sobre turismo sexual é expresso através da sua homofobia e misoginia. Como um cafetão, oferece as mulheres brasileiras como objeto e vomita convites absurdos para que “quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade”. Só incomoda a sensibilidade dele a possibilidade de o Brasil. “ficar conhecido como paraíso do mundo gay”. O mundo já comenta o tamanho do absurdo que alguns brasileiros colocaram no planalto.

4. No mesmo noticiário do dia de ontem, temos a informação de que o presidente eleito, já conhecido internacionalmente pelo seu racismo, proibiu um comercial do banco do brasil porque refletia a população brasileira. O comercial mostrava pessoas negras, pardas e trans. Racismo e intolerância. Isso já deveria bastar para gerar um impeachment, racismo é crime inafiançável. O ministro da justiça, outrora justiceiro, se mantém cúmplice. Nem de Queiroz ele dá conta, no 96º dia de blindagem do bolsofillho.

5. A grande imprensa transforma o país num imenso site de fofocas, fazendo uma fotonovela com filhinhos que se acham príncipes regentes e brigam com vices e etc. Tudo se resume aos supostos conflitos entre a ala militar e a psiquiátrica. As cortinas de fumaça já estão cansando o público, ninguém liga mais.

6. Foco na reforma da previdência: as negociações de venda de deputados por 40 milhões gerou discussão e brigas, barganha de valor, talvez. Compra e venda de deputados de forma escancarada e sem pudor. Mas a moral flexível da globo não se manifesta, o judiciário não se escandaliza nem se pronuncia, o ministro da justiça está nu e as panelas seguem mudas e coniventes. A polícia federal não prendeu ninguém.

7. Foco nas milícias: esse mesmo ministro da justiça, tenta passar na câmara o seu pacote do crime, um projeto para possibilitar o extermínio seletivo da população brasileira negra e pobre.

8. Foco no genocídio indígena: a MP 870, que coloca a demarcação na mão do agronegócio. As raposas a cuidarem do galinheiro. Os povos indígenas estão ocupando o planalto, em luta.

Em tempo. Foi derrubado o PL 1256/19, projeto do senador pelo Estado da Bahia autodenominado coronel, eleito com voto popular e traidor desse voto, que pretendia derrubar conquistas históricas, eliminando o percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas nas eleições proporcionais. Sem perder de vista que o mesmo coronel é a favor da menoridade penal aos 14 anos.

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