Diário Não Oficial do Brasil – Dia 43/365

1. A doutrinação do marxismo cultural das universidades públicas é o bordão do governo fascista para destruir o ensino público. A esquerda doutrina, a igreja católica progressista doutrina, a arte doutrina.

2. Elika Takimoto, física, mestre em História das Ciências, publicou no seu instagram que pela primeira vez na sua história tem alunos terraplanistas. Alunos de 14 anos que se apresentam tristemente sem argumentos. Quem é responsável por essas crianças, que doutrina seguem, que não conseguem construir um pensamento lógico consistente?

3. O que têm em comum os alunos terraplanistas de 14 anos de Elika Takimoto e os Sem Terrinha? Aparentemente nada! O que os separa, fundamentalmente? A doutrinação.

4. A extrema direita brasileira, exterminadora de futuros, prega a ignorância como doutrina. Forma crianças nessa linha de pensamento, doutrinados no que há de mais obscuro e odioso, dogmas vazios. A ciência? Lixo! Os valores humanos? Lixo! Filosofia? Uia!

5. Já os sem terrinha são formados no pensamento livre, no experimento real, na luta pela terra. Há algo de mais concreto, mais material, mais bonito, maior profissão de fé que a luta pela terra?

6. Diferente da lenda apresentada pela Rede Record, para servir como mais um elemento de doutrinação, as crianças sem terrinhas são ouvidas, têm conferências, debatem, utilizam as mais libertárias pedagogias, enfim, refletem, pensam, discutem, constroem.

7. As crianças terraplanistas, por sua vez, têm mestres dogmáticos, surdos e ignorantes, sem base argumentativa, e sem base no pensamento científico. Evidências, hipóteses, tudo substituído por dogmas. A ciência é apenas uma questão de achismo. Nenhuma conexão com o real. Olavetes, enfim. Nessa linha pedagógica, a sexualidade humana é retratada pela Ministra da Família (em nome de Jah!), a outra grande filósofa da extrema direita, Mestre em Coisa Nenhuma, com uma narrativa pornô-pedófila-zoófila-dendrófila de extremo mau gosto, para deturpar e deformar corações e mentes.

8. O MST, sempre no debate, esclarece a sua história na educação das crianças.
“O MST trabalha com mais de 2 mil escolas públicas, reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC), nos acampamentos e assentamentos em todo o país, que atendem a crianças, adolescentes e adultos. Milhares de camponesas e camponeses, organizados pelo MST, tiveram acesso a alfabetização e se formaram no ensino fundamental, médio, cursos técnicos e em nível superior. Há filhos e filhas de famílias assentadas em mais de cem turmas de cursos formais e mais de 4 mil professores foram formados, a partir das lutas pela educação pública, considerada pelo Movimento enquanto um direito básico.

Enfatizamos, que enquanto movimento de luta pela terra, pela reforma agrária e pela transformação da sociedade, continuaremos defendendo os direitos e a cidadania plena para todas as pessoas, em especial aquelas que vivem no campo.

Por isso, nós não só lutamos como fomentamos a educação no país e, diante de tudo isso, exigimos não só imediato direito de resposta, como desafiamos a mesma emissora a se propor a um jornalismo sério e de qualidade que preze pelos fatos e não interesses políticos.”

9. Os sem terrinhas são criados para cuidar da vida, da terra, significam o futuro, a extrema direita forma pessoas terraplanistas que só olham no retrovisor, significando o atraso, o retorno ao mundo medieval, pessoas que não serão capazes de construir nada, muito menos um país. Sejamos, nós, a liberdade, a revolução, o MST nos dá a linha.

10. E os sem terrinha?

Bandeira, Bandeira!
Bandeira Vermelhinha!
O futuro do país
Está nas mãos dos sem terrinha!

Confira as todas as colunas:
Diário Não Oficial do Brasil

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *