Diário Não Oficial do Brasil – Dia 36/365

1. Podemos continuar chamando de Ministério da Educação uma pasta ocupada por alguém tão ignorante quanto Ricardo Vélez? Pensamos que não. Ministério do Obscurantismo, do Horror, da Ignorância, das Trevas, da Ignomínia, qualquer coisa menos Educação. E o pior, ele não está só. Parece que o critério para ocupar um cargo no MEC é ser provido da mais absurda das ignorâncias.

2. Ricardo Vélez Rodriguez, nascido da Colômbia, mas naturalizado brasileiro (Por que? Por que?) é teólogo, ensaísta, filósofo. O ensaio que ele veio fazer na pasta que agora ocupa foi de xenofobia e violência explícita. Um cadáver anti-intelectual catapultado diretamente da Idade das Trevas, considera a Universidade como algo para a elite econômica, provavelmente algo diletante, porque… profissão? Técnicos, respondem. Mas no processo de des industrialização, desmaterialização de toda forma de vida, que eles estão promovendo, técnicos em que mesmo?

3. Vélez-Rodriguez disse em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada na segunda-feira (28/01/2019), que “a ideia de universidade para todos não existe” e defendeu que as vagas no ensino superior sejam reservadas a uma elite. Antes a educação era tida como a possibilidade de futuro da nação, os recursos do pré-sal financiariam ensino de qualidade para todos, algo como democratização de oportunidades e acesso a outros desenvolvimentos. E agora, qual futuro? o do pretérito?

4. Se fôssemos utilizar os mesmos parâmetros do xenófobo Vélez, poderíamos concluir que ele poderia querer ampliar o grande cartel de drogas, com técnicos em preparo de pasta base, em armas, milícias e claro, carcereiros e torturadores. Porque, dessa temática este governo instalado entende.

5. Como cereja do bolo, a dupla Vélez/Bolsonaro deverá escolher diretamente reitores (será que vão trazer das milícias?), acabar com o ensino público, transferir a responsabilidade da educação formal das crianças aos pais, colocar o superbempreparado capitão para revisar as provas do Enem (deve incluir tiro ao alvo) e claro, ninguém vai dar a mínima porque nós brasileiros somos todos ladrões.

6. A meta do Ministro, para rebaixar o nível de ensino nas universidades tem seu espelho numa nota publicada no site do MEC acusando um jornalista global de ser infiltrado do Partido Comunista Soviético. O jornalista apontou que o MEC havia tirado do ar vídeos sobre Marx, Lenin, etc. Um fato. A nota deve ter sido escrita por um dos diretores que não completou a terceira série do ensino fundamental, pelo novo critério de não formação e de ignorância do MEC.

O mais elegante adjetivo que o Ministro pode receber é o que lhe foi dado por Boff, “atrasado”, citando Sérgio Buarque de Hollanda, que provavelmente Vélez não sabe quem é, e quando descobrir vai mandar queimar os livros. Mas com o novo pacote de Moro com licença para matar, talvez não estejamos aqui para ver o fim do mundo promovido por esses senhores “decadentes”.

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