Diário Não Oficial do Brasil – Dia 29/365

Crime ambiental de Brumadinho. 2 engenheiros presos. 65 pessoas mortas. 279 desaparecidos. Quarto Dia.

Jean Willys, Deputado Federal pelo RJ, três vezes melhor deputado no prêmio Congresso em Foco. Personalidade de destaque na defesa da diversidade segundo The Economist. Parlamentar do Futuro no Prêmio Congresso em Foco. Troféu Nelson Mandela por sua luta pela diversidade.

Hoje em São Paulo acontece uma manifestação em solidariedade a Jean Willys e contra a ascensão do fascismo no Brasil. O ato será em frente à icônica Faculdade de Direito no Largo São Francisco e contará com a presença de lideranças de esquerda, Guilherme Boulos, do PSol, João Paulo, do MST, Fernando Haddad, do PT, Manuela D´Ávila do PCdoB, e a cartunista Laerte.

Na mitologia bolsonariana, que só enxerga o PêTê e a esquerda para a causa de todos os males da humanidade, e que também prega que o Brasil já foi comunista e participou de uma terceira guerra mundial, Jean Willys está de mimimi.

E reage insinuando que o deputado Jean Willys seria o “mandante” da suposta da facada(*) em Jair Bolsonaro. Recebo uma postagem em que o próprio presidente eleito aponta algumas “coincidências” nesse sentido.

“Ai, palavras, ai, palavras,(…) dos venenos humanos sois a mais fina retorta”.(1)
O Ministro da justiça, muito conhecido por suas fábulas, declara mundialmente que a questão já tinha sido resolvida, se referindo a uma queixa de 2011, construindo o argumento do bolsonarismo contra o parlamentar ameaçado.

Uma desembargadora do Rio de Janeiro, Marília de Castro Neves, se permite brincar com o risco de vida do Deputado Federal. Publicou no seu perfil de facebook, a necessidade da “execução profilática” de Jean Willys, e depois achou que a repercussão era em função da falta de senso de humor da esquerda e contra a liberdade de expressão dela ao exteriorizar que o representante eleito não valia a bala que o executasse.

Então, viva Jean Willys, que será nossa voz no exterior. O Estado Fascista Brasileiro faz chacota da vida das pessoas porque só dá valor à vida quando se trata de aborto, para ter sob seu controle o corpo das mulheres. Para quem já está vivo, chacota, negligência e morte. Porque assim agem as milícias. O Estado Democrático de Direito, foi-se. Um cidadão pede garantias e recebe chacotas.

“Ai, palavras, ai, palavras sois de vento, ides no vento, no vento que não retorna”(1)
(1) Romance das palavras aéreas, Cecília Meireles

(*) há muitas correntes de interpretação sobre a facada, não vou entrar no mérito.

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