Diante da morte …

Diante da morte nada devemos falar. Apenas escutar o silêncio solene do nosso coração que teima sempre em quebrar esses momentos.

Sobre o incêndio que destruiu o Museu Nacional eu preciso que vocês ouçam junto comigo esse silêncio da história de nosso País.

Em 1985 um senhor chamado José Aparecido de Oliveira me chamou ao seu Gabinete em Brasília. Era para ajudá-lo a fundar o Ministério da Cultura. Eu faria o papel da raiz indígena. E assim foi…

Ao longo do tempo percebi a dificuldade do Governo Sarney que se dizia um home da cultura, em garantir recursos compatíveis com a cultura do nosso País.

Alguns meses atrás o Governo Temer mandou cortar quase 50% dos recursos do Ministério da Cultura e do Esporte que vinham da Loteria Federal.

Agora ele emite uma nota lamentando o incêndio…

Será que ele, o Ministro da Cultura cujo nome não sei e uma tal de Vice-Ministra da Cultura ainda não perceberam que o barulho do fogo acabou com mapas, documentos, fotos e a história de nossa cultura? Será que ele junto com o Bispo Marcelo e o Pezão sabia que os hidrantes, as torneiras estavam sem água???,

Enfim…. ao ouvir a voz do Prof e Indigenista João Pacheco de Oliveira num pequeno vídeo pelo facebook… quero lembrar também que o Museu Nacional era o celeiro de Mestres e Doutores Indígenas… e nesse momento como ele disse: “acabou… acabou!!!”

Mas sabe aquele barulho da batida de nosso coração… agora… ao silêncio das chamas… parece ainda bater!!!

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