Democratização da comunicação marca V FSM

Espaços especiais e muitas atividades comprovaram, no FSM 2005, que um mundo com uma outra comunicação é possível. Comunicação como direito de todas as pessoas e não como mercadoria. Comunicação como poderosa ferramenta de ação da sociedade civil, com seus meios devidamente democratizados, e não nas mãos de poucos e influentes proprietários.O Espaço Temático 3/D ? Comunicação: práticas contra-hegemônicas, direitos e alternativas abrigou todas as iniciativas da área. Todos os computadores funcionaram com software livre, e dois espaços ? a V Ciranda Internacional da Informação Independente e a Casa Macunaíma ? marcaram a produção de comunicação independente em Porto Alegre.Para que outro mundo seja possível, é preciso reinventar a comunicação ? era e é a chamada do site da V Ciranda (www.ciranda.net), que, presente em todas as edições do FSM, nasceu entrelaçada com as experiências inéditas do evento ? como os Fóruns de Radio e TVs e o Laboratório dos Conhecimentos Livres do Acampamento Internacional da Juventude. A iniciativa é coordenada pelo site Planeta Porto Alegre/Outras Palavras, ?publicação eletrônica voltada ao debate da globalização e das alternativas?, aberta a publicações, jornalistas e comunicadores(as) ?que resistem ao pensamento único?. A V Ciranda, como divulgado, acolheu as mídias alternativas e ofereceu as bases logísticas para que todas as publicações e pessoas interessadas participassem de uma cobertura compartilhada do V FSM, de acordo com seus campos de interesse ou tipo de mídia.Com o espírito de um mundo onde cabem outros mundos ? sinais de outra comunicação, a Casa Macunaíma (www.casamacunaima.org.br), por sua vez, firmou-se, no V FSM, como ?central popular da luta pela democratização da comunicação, da formação para apropriação de mecanismos de produção, da discussão e debate de alternativas?. Instalada na Escola Municipal de Porto Alegre, que há dez anos realiza um trabalho com adolescentes em situação de rua, a Casa teve entre seus objetivos propiciar a integração dos(as) adolescentes com as oficinas e debates sobre comunicação.

Campanhas

A Campanha Cris ? Direito à Comunicação na Sociedade da Informação ? da qual participam a Abong e algumas das suas associadas ?, trouxe à discussão, no dia 28, com o seminário Articulação da Sociedade Civil pelo Direito à Comunicação, temas como legislação, propriedade intelectual e radiodifusão comunitária. ?Por que se cobra muito caro a informação, se eu a replico e continuo com ela? Comunicação é um bem replicável?, avaliou Gustavo Gindre, do Indecs, na mesa.Outra Campanha, a Quem financia a baixaria é contra a cidadania, lançada em 2002, promoveu, em 29 de janeiro, o Painel Ética e controle social da programação televisiva. Esta iniciativa já recebeu, conforme pesquisa disponível no seu site, mais de 5.608 reclamações fundamentadas de programas de TV, no período de fevereiro de 2003 a outubro de 2004. Quem financia a baixaria recebe denúncias pelo telefone 0800.619.619. Site: www.eticanatv.org.br.

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