Mulheres Anarquistas – Resgate de uma história pouco contada

Desenho da capa: Alexandre K-Lango

Entre 2002 e 2003, fruto da idealização, pesquisa e trabalho de Mabel Dias, companheira anarcopunk de João Pessoa (Paraíba), que, entre outras atividades, atua no Coletivo Insubmiss@s, e com contribuição e apoio de outr@s companheir@s
de várias partes, foram editadas seis cartilhas. Com o título,“Mulheres Anarquistas: O Resgate de uma História Pouco Contada” estas publicações surgem da necessidade de trazer à tona uma história que, desde sempre, foi deixada de lado, quando não esquecida.

Os quatro primeiros números, que nos trazem a história de vida de mulheres de várias partes do mundo, que de diversas formas lutaram por uma sociedade livre e igualitária, serão aqui reeditadas, com algumas novas informações. Os últimos dois números, onde é feito um levantamento atual da atuação das mulheres no meio anarcopunk, anarquista e libertário, com relatos de diversas mulheres que ainda hoje se encontram entre nós, além do histórico de grupos anarcofeministas que surgiram a partir da década de 90, serão atualizados e farão parte de um próximo trabalho conjunto.

Voltando alguns anos, encontramos experiências anarquistas em âmbito mundial, que tiveram participação ativa tanto de homens quanto de mulheres, já a partir do século XVIII, em países como a Rússia, Itália, Espanha, França, Japão, Portugal, Brasil, Alemanha e México.

Poderíamos citar inúmeros exemplos, como o levante dos marinheiros em Kronstadt, o makhnovismo na Ucrânia, a construção de uma sociedade libertária durante a Guerra Civil Espanhola de 1936, com suas coletivizações, abolição do dinheiro, etc., as Escolas Modernas (entre elas a Escola Moderna nº.1 e nº.2, em São Paulo, a Universidade Popular, no Rio de Janeiro, e a Escola Elisee Réclus, em Porto Alegre), a Colônia Cecília (Paraná, 1890), a comunidade de Guararema (1888, interior de São Paulo), as greves gerais e movimentação operária de caráter anarcosindicalista que permearam a segunda metade do século XIX e século XX…

@s anarquistas se preocupavam também com a arte, a literatura, o teatro e a poesia, como formas de libertação, expressão, e denúncia da questão social. Dentro desta concepção, @s ácratas tiveram sempre a preocupação da simplificação da ortografia utilizada pelos acadêmicos, para torná-la mais compreensível pelo proletariado, que, por ter começado a trabalhar cedo para contribuir com o sustento familiar, em geral
teve de abandonar a escola. O autodidatismo se fazia, assim, muito importante.

Fundaram escolas e puseram em prática métodos de ensino libertários, promovendo a alfabetização livre de temores divinos, endeusamentos, patriotismo, hierarquia, etc., centros de cultura social e ateneus, grupos de teatro social, grupos editoriais de jornais, revistas, folhetos, livros e todo o tipo de periódicos, organismos de solidariedade aos perseguidos, desempregados, presos, cooperativas profissionais. Propagaram os ideais libertários através da organização de conferências, palestras,
cursos, debates, leituras comentadas, grupos de estudo, entre outros. Muitas sementes libertárias foram plantadas por todo o mundo,por homens e mulheres, e, assim, ainda hoje @s anarquistas continuam em atividade.

Convenientemente, tanto a história das mulheres, quanto a das experiências anarquistas e de grande parte da atuação libertária, foi deixada de lado ou é, ainda hoje, deturpada pela história oficial e inclusive pela esquerda, em jornais, livros e
outras publicações. Aqui, então, apresentaremos um pouco dessa história, da qual temos apenas algumas pequeninas fagulhas: há ainda muito para se acrescentar, pesquisar, buscar. Há que se lembrar também que esta é uma história que, através da luta de outr@s tant@s homens e mulheres, continua sendo escrita a cada dia!

Boa leitura e muita inspiração! (Mulheres Anarquistas: O Resgate de uma História Pouco Contada“>livro anexo e também acessível pelo site da Biblioteca Anarcopunk, abaixo)

Encontre informações das mulheres a seguir, nas páginas da publicação indicadas :abaixo:

Louise Michel *08
Lucy Parsons *09
Voltarine de Cleyre *10
Emma Goldman *11
Juana Roço Buela *16
Maria Lacerda de Moura *17
Luce Fabbri *20
Inês Güida de Impemba *22
Matilde Magrassi *23
Elvira Boni *24
Carolina Peres *25
Sofia Garrido *25
Isabel Cerruti *27
Angelina Soares *27
Paula Soares *28
Maria Rodriguez *29
Margarita Ortega *30
Mulheres Livres e a
Guerra Civil Espanhola *34
Francisca Saperas *38
Maria Bruguera *40
Áurea Quadrado *41
Federica Montseny *43
Teresa Mañé (Soledad Gustavo) *44
Silvia Ribeiro *45
Sonia OiticicaLouise Michel *08
Lucy Parsons *09
Voltarine de Cleyre *10
Emma Goldman *11
Juana Roço Buela *16
Maria Lacerda de Moura *17
Luce Fabbri *20
Inês Güida de Impemba *22
Matilde Magrassi *23
Elvira Boni *24
Carolina Peres *25
Sofia Garrido *25
Isabel Cerruti *27
Angelina Soares *27
Paula Soares *28
Maria Rodriguez *29
Margarita Ortega *30
Mulheres Livres e a
Guerra Civil Espanhola *34
Francisca Saperas *38
Maria Bruguera *40
Áurea Quadrado *41
Federica Montseny *43
Teresa Mañé (Soledad Gustavo) *44
Silvia Ribeiro *45
Sonia Oiticica *46

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *