Os líderes partidários decidiram na última segunda-feira (25) que a reforma política será discutida por temas em Plenário e terá um novo relator, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). O texto do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), relator da comissão especial destinada a analisar o tema, não foi votado pela comissão, que teve a reunião cancelada. O Plenário se reúne nesta terça-feira (26) em sessão extraordinária.
A decisão foi criticada pelo líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), para quem a comissão foi “assassinada”. De acordo com Alencar, nunca uma comissão especial deixou de concluir os seus trabalhos querendo discutir e querendo votar o relatório. O próprio relator já havia tornado pública sua desesperança em relação ao resultado que a comissão traria e às interferências de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados.
Segundo Eduardo Cunha, a decisão de não votar a reforma política na comissão especial não foi tomada por ele, mas pelos líderes partidários. A proposta teria tido o aval da maioria dos líderes partidários.
De acordo com a reunião de líderes, o projeto da reforma política será votado por grupo de artigos, em que a primeira opção que tiver o voto favorável de 308 deputados prevalecerá, de acordo com os temas: Sistema eleitoral para eleição de deputados; Financiamento de campanhas; reeleição; tempo de mandato de cargos eletivos; coincidência de mandatos; cota para as mulheres; fim das coligações; cláusula de barreira; e outros temas independentes como o voto obrigatório e data da posse presidencial.