Estamos do outro lado do mundo, clima Mediterrâneo, comida muito apimentada, muita alegria, de um povo muito amável, que quando não te entende, faz o possível pra isto, e se faz entender. Fala-se árabe, e o francês é a segunda língua, mas comunica-se em inglês (quase todo tunesino), italiano e até português. Nos sentimos quase em casa. Uma verdadeira babel.
Diversos assuntos passam por esta grande discussão, como a questão dos Saarauis, que vivem no Sahara Ocidental, ainda sob o domínio do governo do Marrocos, a questão da Palestina e dos curdos, que tiveram um de seus líderes, Yilmaz Orkan, que tive o prazer de conhecer no Rio, durante a cúpula dos povos, detido na Bélgica, por sua luta por autodeterminação de seu povo. O berço da primavera árabe tornou-se mais uma vez palco para um mundo melhor.
O Fórum acabou, e no primeiro dia de Abril, representantes de vários cantos do planeta se reuniram na busca de um novo mundo possível, no imponente Hotel Majestic, onde fizeram a reunião do Conselho Internacional. Discutiram o rumo do FSM e os midialivristas se sentiram represntados pela Ciranda, com Rita Freire, que participa do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial. E estávamos lá, cobrindo esta grande atividade.
Contradições diversas cercam o Fórum, que absorveu as lutas de povos distintos, e abrigou o III Fórum Mundial de Mídia Livre, o Fórum Mundial de Artes Plásticas, por Fórum de Ciência e Democracia e manifestações de diversas áreas.
A luta por um mundo melhor e possível não para e o debate do Fórum Social Mundial tambem não. O futuro ainda incerto passa por um fórum de educação na Palestina, um grande desafio, e São Paulo, Bangladesh, Santa Maria no Rio Grande do Sul e até a Áustria estão no páreo. Nos resta esperar e fortalecer a luta, em casa, nas ruas das cidades e em todos os espaços de discussão.