Twitaço convoca ato pela banda larga

Algumas frases que estão sendo retuitadas:

– Não gostou do acordo do governo com as teles? Junte-se a nós! Ato dia 15/8 em SP: http://bit.ly/qtSSmn #minhainternetcaiu #pnbl

– Concorda que a internet deveria ser um direito? Junte-se a nós! Ato dia 15/8 em SP: http://bit.ly/qtSSmn #minhainternetcaiu #pnbl

– Junte-se a nós por uma internet barata, de qualidade, para todos! Ato dia 15/8 em SP: http://bit.ly/qtSSmn #minhainternetcaiu #pnbl

– Acha que a Anatel pega muito leve com as teles? Junte-se a nós! Ato dia 15/8 em SP: http://bit.ly/qtSSmn #minhainternetcaiu #pnbl

– A ANATELes não garante sua internet? Mobilize! Ato no dia 15/8 em SP: http://bit.ly/qtSSmn #minhainternetcaiu #pnbl

– Quero internet sem telefone. Venda casada, não! Mobilize! Ato dia 15/8 em SP: http://bit.ly/qtSSmn #minhainternetcaiu #pnbl

Saiba o porque da campanha

No final de junho, o Governo Federal fechou um acordo com as empresas de telecomunicações para garantir banda larga de 1 Mbps a R$ 35 em todos os municípios do país até 2015. O que à primeira vista pode soar como um avanço, é na verdade um pacote limitado e diferenciado, cheio de restrições escritas em letras miúdas, que está longe de garantir a universalização do serviço.

Para protestar contra esse acordo com as teles e pedir banda larga barata, de qualidade, para todos os brasileiros, a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) convocou um ato no dia 15 de agosto, em São Paulo, no Sindicato dos Engenheiros. Entre as bandeiras desse ato estão a exigência de que o governo federal defina a banda larga como serviço público (prestado em regime público), volte a investir na Telebrás como instrumento de políticas públicas e retome o diálogo com as entidades do campo popular para pensar um projeto estratégico para o setor.

Este ato ganha importância ainda maior depois de o governo decidir desmarcar, em cima da hora, uma reunião previamente marcada com as organizações da sociedade civil por se mostrar incomodado com o agendamento dessa atividade pela CMS. Não podemos aceitar o condicionamento do diálogo à não manifestação pública dos movimentos sociais. A campanha Banda Larga é um direito seu! considerou muito positiva a iniciativa da CMS e apoia integralmente a realização do ato. Para nós, os cinco pontos centrais neste momento são:

– Os termos de compromisso assinados são bons para as teles e completamente insuficientes para os usuários. O plano cria um serviço limitado e diferenciado, que tem franquia de download, promove venda casada com a telefonia fixa e não garante o serviço para todos os cidadãos – ele pode ficar restrito às áreas mais rentáveis dos municípios. Embora ele não seja a única ação do PNBL, ele condiciona todas as outras ações;

– O serviço de banda larga tem hoje problemas graves para o consumidor, e essa expansão está sendo pensada sem resolver esses problemas nem garantir parâmetros mínimos de qualidade. Estão previstas resoluções da Anatel sobre isso até 31 de outubro, mas é preciso pressionar para que elas de fato garantam o interesse público e sejam efetivas;

– A opção do governo tem sido fazer um Plano Nacional de Banda Larga privado, deixando na mão das empresas a infraestrutura construída com recursos públicos e sem usar instrumentos regulatórios mais fortes que possam garantir que as empresas cumpram o interesse público. A Telebrás, que poderia ter um papel de forçar as empresas de telecomunicações a se mexer, investir em infraestrutura e baixar seus preços, está cada vez mais se transformando em estrutura de apoio para as próprias teles;

– A Anatel, que deveria ter o papel de defender o interesse do usuário e consumidor, está capturada pelos interesses das empresas. A agência assume que não tem controlado a venda de bens reversíveis (bens que estão na mão das concessionárias mas são essenciais à prestação de serviços e não poderiam ser negociados sem autorização), estabeleceu um Plano Geral de Metas de Universalização para a telefonia fixa que não cria nenhuma nova obrigação para as empresas e não tem sido capaz de garantir a expansão do serviço para as áreas rurais;

– Por fim, o ponto essencial continua sendo definir um plano estratégico de longo prazo que garanta a expansão constante das redes e a universalização progressiva do serviço. Para nós, a melhor solução continua sendo garantir que o serviço seja tratado como serviço público, o que não significa que deve ser apenas prestado pelo Estado, mas que podem ser exigidas das empresas privadas metas de universalização, controle de tarifas, e garantias de qualidade e continuidade do serviço.

É preciso também garantir a discussão da sociedade na definição das políticas para as comunicações, e casar a discussão da banda larga com o debate sobre um novo marco regulatório para o setor. Os assuntos não podem ser tratados de forma separada.

Se você também está insatisfeito com os rumos que tomaram as negociações do governo com as teles e com o Plano Nacional de Banda Larga, junte-se a nós. No dia 15, às 19h, venha ao Sindicato dos Engenheiros (Rua Genebra, 25, São Paulo-SP) para defender a banda larga barata, de qualidade e para todos e para reforçar o coro por um novo marco regulatório para as comunicações.

2 thoughts on “Twitaço convoca ato pela banda larga

  1. Hoje tuitaço, dia 15 ato pela banda larga
    A BANDA LARGA não está sendo considerada pelo governo como a mais importante ferramenta das comunicações dos tempos atuais, esquecendo sua muito importante participação na atividade estudantil, inteletual, pesquisa e trabalho a todos os níveis.
    O acordo firmado pelo ministro das comunicações com as concessionárias do serviço público de telefonia, demonstra total falta de consideração pelos maiores interesses da Nação que são nossos anseios pela melhoria da vida em sociedade onde todos nós cidadãos que pagamos impostos, desejamos uma BANDA LARGA com o mesmo nível de qualidade dos países com os quais mantemos contactos e com preços similares.
    Devemos unir-nos e exigir que o governo nos escute em primeiro lugar porque nos representa e somos nós quem pagamos seus honorários, bem como pagamos às teles preços extorsivos por serviços de mediocre qualidade. A Banda Larga atual é um exemplo disso!

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