Combate ao assédio moral

O ano de 2011 começa bem para os bancários. No próximo dia 26, Sindicato e Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, HSBC e Citibank assinarão acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho que estabelece o programa de combate ao assédio moral. Essa foi uma das principais conquistas da categoria bancária na Campanha Nacional Unificada 2010.

“E numa campanha com outros grandes avanços, como o aumento real de salários, a PLR maior, a melhor valorização do piso da nossa história”, lembra a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Mas a conquista do combate ao assédio moral deve dar início a uma mudança de lógica nos bancos. Vamos começar a trabalhar para colocar fim a um dos piores problemas para os bancários, que compromete a rotina, acaba com a saúde do trabalhador e muitas vezes leva à depressão”, diz Juvandia.

Em sua batalha de muitos anos contra o assédio moral, o Sindicato já realizou centenas de atos, fez denúncias, ingressou com ações judiciais. Ao longo desse tempo, o assédio moral passou a ser reconhecido como fator de risco de um grave problema de saúde ocupacional e, via de regra, os trabalhadores que apelam à Justiça ganham as ações. “Todos perdem com o assédio moral: trabalhadores e empresas. Está mais do que na hora de acabar com esse terrível e atrasado modo de gestão”, destaca a presidenta do Sindicato.

Acordo
O acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho terá adesão voluntária tanto dos bancos quanto dos sindicatos. O objetivo é alcançar a valorização de todos os empregados, promovendo o respeito à diversidade, à cooperação e ao trabalho em equipe, em um ambiente saudável.

Os bancos que assinarem o acordo comprometem-se a declarar explicitamente condenação a qualquer ato de assédio. Será feita avaliação semestral do programa com apresentação, pela Fenaban, de dados estatísticos setoriais, devendo ser criados indicadores que avaliem seu desempenho.

Os bancários poderão fazer a denúncia em página específica no www.spbancarios.com.br ou no Sindicato. O denunciante deverá se identificar, para que o Sindicato possa dar o devido retorno ao trabalhador. O sigilo será mantido e a entidade Sindicato tem prazo de dez dias úteis para apresentar sua denúncia ao banco.

Após receber a denúncia, o banco terá 60 dias corridos para apurar o caso e prestar esclarecimentos ao Sindicato. Vale ressaltar que as denúncias apresentadas ao Sindicato de forma anônima continuarão a ser apuradas, mas fora desse programa.

Condenação

Uma vitória nesse assunto foi conquistada também na Justiça, com a condenação do Bradesco por a pagar uma indenização de R$ 35 mil por assédio moral.

One thought on “Combate ao assédio moral

  1. Combate ao assédio moral
    Combate ao abuso???? O Santander é um dos bancos que aportaram aqui graças às privatizações medonhas do PSDB que mais abusaram dos direitos trabalhistas. A CUT esquece de mencionar a quantidade de processos em andamento por conta de assédio moral, demissões injustas, jornadas de trabalho excessivas sem remuneração financeira, ao invés disso, banco de horas que os funcionários nunca tiram.
    Trabalhei 22 anos no antigo Banespa, não aceitei o Plano de Demissão Voluntária do Santander imposto guela a abixo aos funcionários banespianos, quando faltava um ano para me aposentar, fui demitida.
    Aguardo resultado do processo que está em andamento. Sofri assédio moral e pressões para que eu me demitisse por conta própria. E fica dito.

    Noemi, São Paulo

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