Uma campanha contra a publicidade infantil

Depois tentar tornar seus personagens conhecidos do público, através de uma pequena série de desenhos animados, a campanha publicitária “Galera Animal”, da Nestlé, perdeu os limites.

Agora se dirige sem rodeios às crianças, através de seus bonecos, pedindo descaradamente: “me leve pra casa no seu Natal” e “quero um amigo que seja só meu”.

Levar o boneco é levar a própria Nestlé, já que a compra do brinquedo está condicionada à compra de produtos da corporação

E mesmo que não estivesse …

Em resposta à Nestlé, está na hora de retomar a campanha contra a publicidade dirigida às crianças e também o debate sobre como a sociedade vai democratizar a comunicação e assegurar direitos dos públicos sistematicamente desrespeitados pela propaganda e também por programas na TV, como as crianças e as mulheres.

O anúncio feito pela gerente de marketing da TV Cultura de São Paulo, Flávia Cutolo, de que a emissora está revendo suas próprias restrições e deve voltar a exibir propaganda na programação infantil, já em 2011, causou apreensão na Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e a Liberdade de Expressão.

Uma nota está sendo redigida pela rede, assim como a Campanha pela Ética na TV deve emitir sua posição de protesto.

Em 2008, o Projeto Criança e Consumo já havia encaminhado uma carta à TV Cultura questionando o direcionamento de publicidade para crianças. Esse documento continua disponível no site do Instituto Alana. Ver aqui

Também circula na internet um manifesto contra a publicidade infantil, aberto a assinaturas individuais e adesões de entidades.

3 thoughts on “Uma campanha contra a publicidade infantil

  1. Uma campanha contra a publicidade infantil
    Esqueci de algo importante.

    A Nestlé tentou (não lembro se conseguiu) no início da gestão Serra (?) na prefeitura mudar os critérios de compra de leite. queria que os critérios ficassem menos rígidos. Sabe pq? Para conseguir enquadrar seu próprio leite nos critérios.

    Está nos jornais. é só procurar.

    Regis Mesquita
    http://www.psicologiaracional.com.br/

  2. Uma campanha contra a publicidade infantil
    Mais outro “MovimentoNG” que “defende” as crianças de “agressões”.
    Falta o MNG dos pobres e miseráveis, que deveria elevar um protesto em contra da grande quantidade de publicidade de carros caros, perfume, jóias e afins, que se não estes publicitários vão acabar manipulando a pobreza. (..?!) -.

    A criança, de igual modo que uma pessoa adulta, é atraída por todo aquilo que lhe chame a atenção.
    Pelo geral, os pais das crianças não estão nem aí de que sería o que ao seu filho pudera lhe chegar a interessar.
    Para estes pais, parecera ser mais fácil pertencer a uma organização que luta contra o que “eles” pensam que “…não conviem que as nossas crianças vejam”.
    …em vez de se ocupar de OCUPAR o cérebro do filho,pelo menos conversando de algo que ao filho pudera lhe chamar mais a atenção que a televisão ligada o tempo todo.

    Os Pais devem educar e formar e não se ocupar do que os demais fazem na mídia.

    São muitos os diálogos e as conversas interrompidas a causa de um televisor ligado.

    O pior, e que este MNG usa os mesmos médios de publicidade que os seu “inimigos”, os publicitários.

    Seria ótimo trabalharam melhor para que seus filhos puderam ter o melhor que puder, que não intentar censurar e selecionar o tipo de publicidade que pode ver um filho(!).
    – Poderia descobrir que na vida real existem brinquedos reais que EU não poderia lhe comprar…
    No tempo da inquisição muitas “conquistas” foram obtidas desse mesmo modo.

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