Por Igor Kamensky
As repressões contra o sindicato na fábrica automobilística “TAGRO”, localizada na cidade de Tver, estão de volta. A administração da empresa
aumentou a pressão sobre o líder da organização de base do Sindicato Inter-regional dos Trabalhadores na Indústria
Automobilística (MPRA) Denis Litvin, mostrando que tem contatos tanto
dentro da polícia como no mundo de crime.
No dia 24 de junho de 2010 o líder do sindicato dos trabalhadores da
“TAGRO” (Tver), o fresador Denis Litvin , recebeu uma intimação
enquanto estava trabalhando. A intimação dizia que ele deveria comparecer ao Departamento Policial contra Crimes Econômicos eapresentar-se perante a oficial Mikhailova. A intimação não continha informações sobre o caráter do processo ou a qualidade na qual o líder sindical fora chamado à Polícia. Mais tarde descobriu-se que a causa da intimação foi uma denúncia do diretor da empresa “TAGRO” Sr. Pachueff sobre suposta falsificação de documentos sobre a fundação da organização sindical. O pessoal do sindicato acha que sob o pretexto da “checagem” policial Sr. Pachuev e também o diretor de segurança da empresa Karpenko (no passado trabalhou como vice diretor do Departamento policial contra Crime Organizado) estão tentando conseguir o acesso aos nomes dos afiliados com objetivo de pressioná-los. Esta opinião tem fundamento. A empresa intrometia-se no trabalho do sindicado e pressionava os líderes sindicais muitas vezes, os fatos que foram comprovados pelo tribunal regional da cidade de Tver’ na sentença promulgada em 18.06.2010.
Lítvin ignorou a “intimação” irregular. Então, no dia 1 de
julho ele fora chamado na gerẽncia da fábrica e recebeu a segunda via do
papel. É interessante notar que o Sr. Karpenko que estava presente no
momento da entrega, insistiu que Litvin se apresente perante a oficial
Mikhailova e não um outro qualquer.
Dia 13 de julho a primeiro-tenente policial Sra. Mikhailova veio até a
empresa pessoalmente. Antes de começar a conversa ela exigiu que o
Litvin colocasse na mesa o celular desligado (temendo, provavelmente, a
possível gravação da conversa). A causa de tal preocupação se revelou
imediatamente. Desde primeiros instantes a “conversa” tomou rumo de
pressão psicológica sobre o líder sindical. A mentira aberta fora
usada. Entre outras coisas a funcionária do Departamento contra Crimes
Econômicos disse que entrou em contato com os líderes do MPRA e
supostamente recebeu a informação de que ele não conhecem Litvin e não
concediam nenhum documento a ele. Além disso, Mikhailova alegava que de acordo com os resultados de uma certa pesquisa, o carimbo no documentos sobre a fundação do sindicato foi colocado antes que do texto ser escrito.
Em seguida ela exigiu que lhe apresentassem os nomes dos afiliados.
Litvin recusou de fazê-lo, então a pressão continuou.
Mikhailova insistia em perguntar sobre os companheiros do Litvin,
particularmente sobre o membro do conselho do MPRA Dmitri Kozhnev. De
tempos em tempos a dama policial punha-se a moralizar, indagando: “Para
que é que você foi se meter com sindicato, quanto poderia viver muito
bem sem ele?” Já não havia razão de continuar tal conversa, Litvin
recusou de responder qualquer pergunta.
“Parece que a administração da empresa e a Mikhailova estão ligados por
corrupção”, – afirmam no sindicato. Estas suspeitas são fundamentadas
pela reputação negativa da oficial. Um dos participantes do fórum do
site independente “Outra Tver'” se queixa de sofrer chantagem por parte
da Mikhailova sob a ameaça do processo criminal.
(http://theothertver.com/component/option,com_fireboard/Itemid,5/func,vie…).
Tendo claro que não seria possível intimidar o trabalhador com ajuda do
Departamento contra Crimes Econômicos, a administração da “TAGRO”
partiu para os métodos ilegais. Dia 30 de julho Denis Litvin foi barrado
na portaria da empresa e encaminhado pelo segurança para guarita onde
estava o Sr. Karpenko. Assim que o segurança começou a conversa com o
Denis, Karpenko saiu, deixando-os a sós. O segurança que não quis se
apresentar, disse que estava chateado com o fato de pamfletização que
ocorria na fábrica. Ao receber a resposta justa do líder sindical, o
segurança começou ameaçar e xingar, falando que, se o Litvin não parasse
a “agitar as pessoas”, “acabará morto”. Invocava certas “pessoas
sérias” que realizarão a ameaça. Foi citado o endereço do Lítvin que não
consta no seu registro na fábrica, isso indica que a administração da
empresa está promovendo a colheita de informação pessoal que é ilegal.
Claro está que as ameaças em relação ao Lítvin não são a iniciativa
particular do segurança e são inspirados pelo seu chefe, Sr. Karpenko.
“A administração da “TARGO” – afirmam no MPRA, – está preocupada com o fato de que os trabalhadores simpatizam cada vez mais com o sindicato
graças a panfletagem sistemática realziada pelo sindicato. Como não há contraargumentos, eles tentam nos intimidar”.
Denis Litvin e o sindicato “TAGRO” precisam da sua solidariedade.
Enviem as cartas de protesto para a administração da empresa “TAGRO”,
preencha o registro no site mpra.info