Confecom ameaçada IV

Com grande atraso, devido ao esforço dos três setores da Confecom em definir regras para o funcionamento dos Grupos de Trabalho e critérios para encaminhar propostas ao debate e votação plenária, o regulamento interno da Confecom começou a ser votado.

A proposta da sociedade civil para que as propostas fossem definidas a partir da votação de 50% + 1 enfrentou resistência do setor empresarial, que chegou a pedir que a decisão sobre essa regra fosse considerada questão sensível.

Questões sensíveis sao definidas mediante o pedido de metade de um dos três setores da Confecom. Nesse caso, em vez de 50% + 1, a proposta só é aprovada pelo Grupo de Trabalho e encaminhada ao plenário se houver 60% de votos favoráveis sendo pelo menos 1 de cada setor.


Tentativa de acordão

A percepção de que a sociedade civil teria apoio suficiente para aprovar a votação simples, atropelando inclusive orientação de algumas entidades nacionais, levou empresários, governo e essas entidades a costurarem acordo para que cada setor tenha direito a encaminhar propostas ao plenário na mesma proporção de sua representação no processo: 4 dos empresários, 4 da sociedade civil e 2 do governo. Outras propostas obedeceriam o critério de 80% de votos favorários no grupo, para ir ao plenário

Terezinha Vicente, da Articulação Mulher e Mídia se mostrou emocionada ao defender que a plenária resistisse ao acordão, e pediu inclusive aos funcionários do setor empresarial que foram enviados a representá-los nos grupos que lembrem de sua condição de trabalhadores e trabalhadoras e que se coloquem a favor de mudanças profundas na comunicação, para que seja reconhecida como direito essencial, como saúde e educação.