meio que ainda curtindo a ressaca carnavalesca – de um carnaval tranquilo em casa com as crianças…- e editando e assistindo e editando vídeos, num compromisso pessoal de terminar até máximo meio da semana a edição dos dez trabalhos de hércules: passar a madruga na avenida com uma cam na mão, até de manhã, registrando as escolas do grupo A da grã-cidade de Belém do Pará.
e São Pedro, meu parceiro, me ajudou, salve salve, que mesmo no último enredo pedindo água, e água em abundância, só deu chuviscos, e tudo (o)correu bem pra umas capturas de imagens no mínimo interessantes e no máximo uns gigazinhos suportados por aqui… êta suadêra… e hoje fico por aqui enfurnado editando imagens e registros pessoais que na verdade não tenho como trabalho, e tenho delícias…
é mágico! pisar na avenida é mágico. aprendi de manhã já umas 7 e meia quando a última escola entrava na avenida – e na concentração todos dispersos, pouco cansados/sonolentos – com uma força impetuosa frio/espinha (adoro essa sensação). é como que quando do surgir do alarme para o começo do espetáculo, se abrisse um portal transcedental. a bateria amolece até as estruturas de concreto, e sonhos fantasias se diluem no ar.
aí fala-se: ” qual é a recompensa, o que se ganha?” respostas parecem tão óbvias, mas na hora prática há quem se diga melhor e se julgue mantenedor de imagens/registros/infos e as contenha para si somente sem querer ao menos compartilhar com quem está ao seu lado, bem próximo. ou que ache q mesmo sendo necessário e evidente repassar todo material a todos em conhecimento aberto, faz-se necessário também a manutenção do artista, e por esta forma deixa de se fazer qualquer trabalho, a não ser que lhe proponham/estabeleçam relações financeiras/comerciais – inda não descobri muito bem a relação o tesão de fazer e o financeiro, pois se tenho tesão nada me impede, e me aborreço se o financeiro ousa me oferecer barreiras sistêmicas aliadas a tal capitalismo implantado. prefiro trabalhar com o que tenho, e distribuir assim meu material
do jeito que posso a medida que posso.
e no que me comove: o samba efervesceu meus dedos – ágeis dedos – em zooms, stand bys e plays; pulou meu coração em palpitações inseguras meio a avenida como errante/brincante/imprensa/criança; batuca cabeça/coco hoje enredo imagem e exaltação das cores q se teve se pôs se ouve.
Assista aos já editados…