“CENTO E VINTE ANOS DE ABANDONO”

Tanto se falou dos cem anos da imigração japonesa. Interessante! Outro dia olhando um cartaz a respeito do assunto, fiquei admirado com o acabamento do mesmo. Legal! Pensei eu, mas, um outro colega de magistério como eu me chamou a atenção pela seguinte frase: “nos cem anos da imigração japonesa, falou-se de tudo e fez-se de tudo, os negros estão fazendo cento e vinte de libertação e nem uma nota na imprensa não saiu!”
Fiquei pensando, o que realmente é uma verdade! Não que não se mereça falar da imigração japonesa, mas, será que os negros não tem o mesmo direito? Será que estamos legados, fadados a ficarmos na segunda divisão novamente? Talvez seja preciso mais que cento e vinte anos de libertação para sermos lembrados como membros importantes da sociedade brasileira, talvez tenhamos que reinventar a nossa história para quem sabe nos próximos quinhentos anos sermos lembrados e aí sim, comemorarmos novos cento e cinte anos com festa, a ser celebrada o ano todo!

João Alexandre de Souza
Professor da Rede Estadual de São Paulo na disciplina de Filosofia

2 thoughts on ““CENTO E VINTE ANOS DE ABANDONO”

  1. “CENTO E VINTE ANOS DE ABANDONO”
    É difícil encontrar material desta data, mas em 1988, 100 anos da libertação, ocorreram comemorações, desfiles em escola de samba, foram escritas letras de música, etc…, o que não foge muito do que ocorreu recentemente. O problema é a falta de memória e material para comprovar o fato. E, nas minhas pesquisas, não encontrei comemorações sobre os 80 anos de imigração japonesa, em 1988.

    1. “CENTO E VINTE ANOS DE ABANDONO”
      Olá Marcos,
      eu sou João Alexandre,
      Realmente você não vai encontrar em 1988, a comemoração dos oitenta anos da imigração japonesa em 1988, contudo, foi a mais expressiva comemoração já vista até agora, muito mais que a nossa!
      Eu não vi nenhum príncipe africano aqui no Brasil, por ocasião dos cento e vinte anos, talvez nem veja!!! Imagine o que seria?
      Eu concordo com você, mas, em todo caso vale a pena lembrar esta frase da colega do magistério. Abs, João Alexandre de Souza

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