El cine latinoamericano, un invitado de gala en Friburgo [pt] Cinema latino-americano, convidado de gala em Friburgo

Foto: “Proibido Proibir”, de Jorge Durán

[es]El FIFF es la principal vidriera de la cinematografía del sur en Suiza y
uno de los eventos de esta naturaleza de más prestigio en Europa.

Cuenta con el apoyo de la Oficina Federal de la Cultura y de la Agencia
Suiza para el Desarrollo y la Cooperación (COSUDE). Lo sostienen, también,
otras instituciones públicas y privadas, y ONG activas en el denominado
tercer mundo.

Explosión latinoamericana

Dieciocho de los largometrajes y cinco de los cortos a proyectarse en
Friburgo llegan de América Latina.

De las trece películas que competirán por el gran premio “La Mirada de
Oro”, cuatro son latinoamericanas.

El estreno “El Camino”, de Costa Rica, de Ishtar Yasin; “La Novia Errante”,
de la directora argentina Ana Katz; “La Zona”, de Rodrigo Plá de México; y
“Matar a Todos”, una realización uruguaya de Esteban Schroeder. Las tres
últimas realizadas en el 2006.

“Producciones que expresan una gran variedad temática y de estilos, propio
del actual perfil del festival” explica Edouard Waintrop, director
artístico del quien debuta al frente de este evento cinematográfico.

En la selección oficial fuera de competición, que reúne nueve películas,
serán proyectadas “Malos Hábitos” del mexicano Simón Bross y “Falsa
Locura”, de su colega brasilero Carlos Reichenbach.

Otros clásicos latinoamericanos enriquecerán las otras secciones de la
programación. Entre ellos “Diarios de motocicleta” de Walter Salles, un
éxito mundial del 2004 y el documental brasilero “Hércules 56” de Silvio
Da-Rin.

En tanto las históricas “La Hora de los Hornos” (1968) del argentino
Fernando *Pino* Solanas , “Soy Cuba” (1964) de Mikhail Kalatozov, y “Alma
Corsaria”, del mismo Reichenbach, animarán la sección “Cine y Revolución”,
un homenaje a los 40 años de la protesta estudiantil y social de mayo de
1968 en Francia.

El FIFF y una nueva etapa

La exploración, una nueva amplitud de contenidos y la diversidad de géneros
y temas, constituyen el marco de esta nueva etapa que comienza a recorrer
el FIFF.
Así lo expresa Waintrop, quien pone en cuestión el sentido mismo del
concepto de “cine del Sur”. Ese término puede ser “extremadamente
empobrecedor” enfatiza.

“En el mundo real, el concepto Sur no existe más. ¿O acaso, que son Japón,
Corea, Brasil o Argentina, si a la producción cinematográfica hacemos
referencia?”, se interroga el director artístico del festival.

Y de esta reflexión un tanto provocadora, se perfila el sello de esta
vigésima segunda edición. Donde los panoramas “Negro total” en
referencia al cine policial; “El amor global” o la selección de
cortometrajes abren la puerta a producciones hasta ahora un tanto relegadas
en el FIFF.

Y el ejemplo es explicativo. “De Hong Kong a Buenos Aires, pasando por
Bangkok, el film policial no es sólo una fuente de diversión. Es también un
género universal por excelencia. Permite revelar verdades subterráneas”. De
allí que esta edición del festival de Friburgo propone redescubrir este
género a través de once cineastas con obras realizadas entre 1963 y 2007,
enfatiza Waintrop.

Entre ellas las argentinas “El asaltante” de Pablo Fendrik y “La Señal” de
Ricardo Darín así como “El Hombre del Año” del director brasilero José
Enrique Fonseca.

Una semana intensa de cine con fuerte presencia latinoamericana. Más de 25
mil espectadores en los cálculos de los organizadores. Un festival que va
más allá del cine para convertirse en un puente de encuentro entre
naciones.

En Friburgo, Suiza, se abre el telón. Y más de cien producciones del Sur se
disputarán, una vez más como cada año los premios “La Mirada de Oro”; el
del Jurado Ecuménico; el de la Prensa Cinematográfica; el E-CHANGER del
Jurado de Jóvenes; el de los Cines-clubs.

Una avalancha de imágenes con el signo cada vez más vivo del intercambio
intercultural. Un ejercicio sano en una Europa donde el miedo al otro, a
veces, es más fuerte que la admiración hacia lo diferente…

* En colaboración con Swissinfo y E- [pt]

Eles não são contados às dezenas, como as produções asiáticas. Tampouco são “dominantes” como em algumas edições anteriores do evento. Contudo eles cativam e seguem atraindo a atenção do público que freqüenta animado as salas de cinema de Friburgo.

Esse é o efeito provocado pela dúzia de longa-metragens latino-americanos, na sua maioria recentes, projetados no festival.

Argentina e Brasil na competição oficial

Duas produções do continente sul-americano disputam os principais prêmios com outros filmes africanos e asiáticos.

“El Outro” (2007), do jovem cineasta argentino Ariel Rotter, comove pela simplicidade, uma emoção que se transmitiu de boca em boca entre o publico e que gerou também uma grande expectativa. Na quarta-feira, 21 de março, o filme foi exibido pela primeira vez e o cinema estava lotado.

Advogado de profissão, Juan (com uma magnífica atuação de Julio Chávez) leva uma vida um tanto monótona entre seu trabalho, sua companheira de vida e seu pai. Uma viagem ao interior do país lhe confronta, por algumas horas, com a morte, com a intensidade da paixão e seus desejos de ser alguém diferente. De volta à Buenos Aires, ele termina retornando novamente à rotina generosa da sua existência.

“A Casa de Alice”, do cineasta Chico Teixeira, é outro filme latino presente no festival. Nele, Alice (Carla Ribas) é uma manicure que tem em torno de 40 anos e mora na periferia da cidade de São Paulo. Ao lado de sua família, Alice tenta levar a vida do melhor jeito possível ao enfrentar os problemas do dia-a-dia.

Distante do explícito compromisso político dos anos setenta e oitenta, essas duas películas representam uma “nova” expressão da cinematografia do continente: o urbano domina, o individual prima e o intimismo condiciona.

“Desenvolvimento positivo do cinema latino-americano”

“Vivemos na América Latina um crescimento positivo do cinema, especialmente no Chile, Brasil, Argentina e México. Algumas produções interessantes também estão sendo feitas no Uruguai. Em outros países, como a Bolívia, se bem com um cinema menos explosivo, continuam a estar presentes nos festivais internacionais”, contava Jorge Durán à swissinfo.

O diretor chileno acompanhava sua película realizada no Brasil “Proibido Proibir”, fora da competição oficial e parte do panorama “Imagens da vida urbana”. Dúran vive desde 1973 no Brasil, onde também trabalha como professor de cinema na Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro.

Durán não esconde, porém, os problemas da profissão. “A distribuição interna continua sendo um grande desafio no continente. Não se consegue, a não ser com muito esforço, passar as fronteiras dos países. Muitas vezes os países não sabem o que é feito de cinema nos seus vizinhos”.

Segundos pesquisas receitas, a indústria cinematográfica dos Estados Unidos controlava mais de 80% do mercado interno na América Latina.

O grande desafio futuro está em “estreitar as relações, intensificar o constante intercâmbio. Se bem que existem passos já dados pelos governos como o chileno, que apóiam o esforço feito pelos cineastas”, precisa.
Jorge Durán

Jorge Durán (swissinfo)

Presente ao público jovem

“Proibido Proibir” se transformou numa das películas fora de competição que mais despertaram atenção do público, especialmente o juvenil, nessa 21ª edição do FIFF.

O filme conta a história de três jovens universitários que “vivem a banalidade e a riqueza do cotidiano”, tal como contou Duran ao jornalista. O filme rompe “os estereótipos atuais de apresentar a juventude: entre o extremo do jovem extraordinário e o de desinteressado”, explica.

Paolo, estudante de medicina; León, de sociologia e Letícia, de arquitetura, sés unem numa relação de amizade profunda e de um amor complicado. Um fato inesperado os confronta com outra realidade diferente, a dos bairros marginais do Rio de Janeiro, nos quais a vida e a morte, a violência e a sobrevivência se superpõem como as páginas de um mesmo livro.

Completam a presença latino-americana no festival as realizações “Qué viva Cuba” (2005) de Juan Carlos Cremata Malberti e “Madeinusa” (2006) da peruana Claudia Llosa. Ambos os filmes foram apresentados na seção “Planeta Cine”, dedicada especialmente ao trabalho de estudantes.

Outro filme é o “Cobrador, in God We Trust” (Cobrador, em Deus nós acreditamos), uma produção de 2005 do diretor mexicano Paul Leduc, anima também o panorama sobre a vida urbana.

Visão suíça do cinema latino-americano

O estado de saúde da produção cinematográfica latino-americana, visto da Suíça, adquire duas facetas ou visões bem marcadas.

“É um cinema em repouso”, analisa o especialista suíço em cinema, Thomas Krempke, responsável em 2007 pela seleção “Imagens da vida urbana”.

O que significa, segundo suas análises, “um momento com menos produções relevantes nos últimos três ou quatro anos, mais que está sempre em movimento e que pode voltar a despertar a qualquer momento”.

Segundo Krempke, “não foi fácil para encontrar nessa edição películas latino-americanas de qualidade e acessíveis, para serem apresentadas em Friburgo”.

Simon Baumgartner, que representa a Suíça como jurado da Federação Internacional de Clubes de Cinema e que acompanha de perto a produção latino-americana, dá outra avaliação.

“A produção cinematográfica na América Latina continua ampla e variada. Eu a considero interessante e de qualidade profissional. Basta lembra da sua presença em outros festivais europeus como em Huelva, San Sebastián”, conclui.

Um debate conceitual que segue aberto. Tanto, nas salas, o público mostra o seu entusiasmo enchendo as salas, sobretudo quando há um filme latino. Essa região do globo tem uma fiel relação de amor cultural com o FIFF desde 1981…

swissinfo, Sergio Ferrari

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