Fotos: Mariana Lettis
O principal debate da abertura do I Encontro Paulista pela Democratização da Comunicação e da Cultura girou em torno das estratégias para enfrentamento dos monopólios e mudanças na legislação e políticas públicas que regem a distribuição, acesso, produção e controle midiático.
Gustavo Gindre acha que a defesa de uma Conferência Nacional da Comunicação, em processo de construção pelos movimentos ligados ao tema, é a forma mais imediata de pautar essa agenda em todos os setores da sociedade mobilizada, identificar quem já atuando e como. E ao mesmo tempo é preciso persistir com as mídias alternativas, fazer, compartilhar, difundir e defender as rádios comunitárias, a imprensa popular, o jornalismo colaborativo.
Mais cético quanto à mudanças pela via mais institucional, José Arbex, da Revista Caros Amigos e da PUC-SP, acredita que não exista democracia no Brasil e que, sem isto não é possível democratizar a comunicação. É preciso, segundo ele, que se crie uma conjuntura favorável a rupturas com o modelo que aí está. “Não podemos saber quando vai acontecer, mas precisamos continuar nos preparando para isso”, disse ele. A Conferência da Comunicação pode ser positiva nesse sentido, da preparação e acumulação de forças, segundo ele.
Bento Andreato, do Instituto Pensarte, defendeu que as lutas pela democratização da comunicação e da cultura sejam interligadas.
Participaram da mesa de abertura Bento Andreato, do Instituto Pensarte, Gustavo Gindre, do NUPEF/Indecs/Intervozes e José Arbex, da Revista Caros Amigos e da PUC-SP