Foto: Fabiano P. Silva
Com mais de 50 participantes lotando a sala 106 da Universidade Braz Cubas, no primeiro dia de debates do FME, a atividade organizada pelas educadoras Renata, Alessandra e Delza tratou de um assunto que interessa a toda escola hoje: como a diversidade é tratada no cotidiano escolar.
O título da atividade foi direto: “Tratando de Africanidades”, mas a valorização da cultura afro-brasileira na escola não foi a única preocupação das professoras. Com ajuda de vídeo e fantoches, elas mostraram que cabe à escola ajudar a quebrar os padrões impostos e valorizados pela mídia, que não refletem a diversidade da população brasileira.
As palestrantes são especialistas em educação infantil e falaram de como as crianças são influenciadas por padrões de beleza mostrados em programas como o da Xuxa, diferentes da maioria da população. Ou por esteriótipos das histórias contadas, como das bruxas sempre más e feias, quando na verdade também existem pessoas bonitas e más, e vice-versa.
Dentro da escola, existe toda uma diversidade para ser valorizada e as educadoras criaram para isso um projeto chamado Felicidade, chamando a parceria das famílias e da comunidade, reunindo teatro, música e dança, que são linguagens que as crianças compreendem de forma mais prazeirosa. Elas contam que o projeto acabou entrando definitivamente para o currículo e um pouco foi mostrado na oficina.
O vídeo mostrou a história do menino Ninito, portador de deficiência mental que chegou a escola para estudar. Os fantoches mostraram caminhos para o respeito à diversidade e o direito à igualdade social, de forma divertida, que manteve o público entretido até o fim.