O dia 10 de junho de 2007 marca o aniversário de 40 anos da ocupação israelense de Jerusalém Oriental, Cisjordânia, Faixa de Gaza e colinas do Golã. No decorrer desse período, Israel construiu, incessantemente, assentamentos ilegais em terra palestina roubada. Durante 40 anos, assassinou milhares de palestinos, prendeu 650 mil, demoliu 12 mil casas dessa população e destruiu mais de um milhão de suas oliveiras.
Durante essa longa ocupação, Israel continuou negando aos palestinos os seus internacionalmente reconhecidos direitos à alimentação, água, educação, saúde e vida; desde então, impõe um sistema de barreiras, toques de recolher, estados de sítio e portões militares, que negam aos palestinos a liberdade de ir e vir, inclusive entre suas próprias comunidades. Em violação às convenções de Genebra, Israel impõe punições coletivas a toda a população palestina. Prisões em massa atingiram dúzias de parlamentares e ministros palestinos democraticamente eleitos.
Desde 2002, o Muro do Apartheid, construído em território ocupado, visa circundar a população palestina, espremendo-a em bantustões desconexos e cimentando a expansão israelense. O muro corta fazendas de suas terras, separa estudantes das suas escolas, trabalhadores de seus empregos e as pessoas de suas comunidades. Não obstante o julgamento da Corte Internacional de Justiça, afirmando sua ilegalidade, ele agora circunda vilarejos e cidades palestinas, configurando o maior roubo de terra dos últimos 40 anos. Em Jerusalém e dentro de Israel, desde 1948 os palestinos enfrentam discriminação institucional. São negados a eles igualdade e direitos plenos de cidadãos. E Israel continua a negar aos refugiados, que foram exilados à força de sua terra em 1947-48, o seu direito de retorno internacionalmente garantido.
Na sua recente guerra contra o Líbano, o unilateralismo e o militarismo israelenses foram expostos ao mundo. Isso não o impediu de continuar criando “fatos consumados” para manter o controle estratégico sobre o território palestino ocupado, anexar as suas terras e livrá-la de seus habitantes não-judeus.
Há 30 anos, a ONU (Organização das Nações Unidas) reconheceu, condenou e se comprometeu a combater o crime internacional de apartheid, onde quer que surgisse. Hoje, 12 anos após seu fim na África do Sul, Israel mantém em vigor um sistema reconhecido como de segregação racial e apartheid.
Nesse Dia Global de Ação, em 9-10 de junho de 2007, sob a bandeira “O mundo diz não à ocupação israelense”, pessoas ao redor do mundo exigirão o fim da ocupação e o respeito aos direitos inalienáveis do povo palestino, incluindo à autodeterminação e a estabelecer um Estado palestino soberano, independente, com capital em Jerusalém.
16 de maio de 2007 - 23:12