Os três dias destinados à 1ª Assembléia Popular do Estado de São Paulo serão marcados por debates de fundo sobre o processo da assembléia em todo o país, bem como contará com momentos especialmente dedicados à articulação dos movimentos e lutas estaduais (programação completa em anexo).
No dia 8, os participantes do encontro que já estiverem na capital irão se somar ao ato político do Dia Internacional de Luta das Mulheres, de onde seguirão para a Quadra dos Bancários, local de realização da Assembléia Estadual. Ainda na noite do dia 8, haverá um depoimento sobre a situação das mulheres no Haiti, com Rachel Beauvoir Dominique, antropóloga e professora da Universidade do Haiti.
Já o dia 9, sexta-feira, será dedicado à organização da juventude, com um histórico das respectivas lutas e definições sobre o calendário para 2007. A presença do presidente estadunidense George W. Bush em São Paulo estará na pauta do dia, mas os protestos serão definidos pelos participantes somente na manhã do dia 9.
No dia 10, quando cerca de 700 pessoas de todas as regiões do Estado já devem estar reunidas na Quadra dos Bancários para os debates da Assembléia Popular, a abertura caberá a João Paulo Rodrigues, do MST (Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e Jussara Capucci, do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), que resgatarão o processo da Assembléia.
Ricardo Gebrim (Consulta Popular), Valério Arcary (Conlutas) e Maria Luisa Mendonça (Rede Social) falarão em seguida, abordando os desafios e perspectivas da articulação, e lançando luz sobre algumas das principais bandeiras dos movimentos, como a campanha pela anulação do leilão de privatização da Companhia Vale do Rio Doce.
Os desafios e reflexões sobre como organizar o trabalho de base nos tempos atuais, especialmente por meio da Assembléia Popular, serão o tema das falas de Ranulfo Peloso da Silva, do Cepis (Centro de Educação Popular do Instituto Sedes Sapientiae) e de Luciane Udovic, do Grito dos Excluídos, na tarde do dia 10.
Após as mesas iniciais, a Assembléia de São Paulo contará com espaços voltados à articulação das lutas no Estado, com discussões e encaminhamentos por regiões, ainda no dia 10, e por temas, no dia 11. A dinâmica prevista é de que, após os debates nos grupos, as propostas sejam apresentadas em plenária com a participação de todos e todas, onde os encaminhamentos serão complementados e aprovados.
As atividades culturais também receberam atenção especial na programação. Nas “Noites Culturais”, haverá apresentação de grupos de teatro e música, sendo que as demais atividades serão intercaladas por outros momentos ligados à cultura.